11 de Agosto de 2011
“Que maravilhosa sensação, acordar em Londres!
Hoje posso dizer que a minha casa é em Londres! O céu cinzento do lado de fora da janela comprova que estou aqui… não pode haver duvidas, está um nevoeiro do caraças! Viva Londres!
Nem sei o que vou fazer nem para que lado me hei-de virar primeiro! É nestes momentos que eu agradeço a mim própria o tempo que perdi a pesquisar o que há para ver em todos os meus percursos e imprimir o trabalho num livrinho! Agora é só rapar do livro e ver que voltas posso dar e com o que há para ver! Delicia, sou melhor que uma agência de viagens!
A pousada não tem parque e de repente dou um salto da cama “ai a minha motita, na rua toda a noite, com as revoluções que há por aí e eu aqui a sornar na maior calma!”
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Não se passava nada com a moto, podiam-se ver policias a passear pela rua onde ela estava estacionada. Ai que alivio!
Ao pequeno-almoço a televisão estava ligada e pude ver a dimensão da nuvem em cima de Londres e toda a redondeza, cruzes aquilo iria ser chuva para todo o dia. A apresentadora reforça o meu pensamento “chuva até ao fim da tarde”…
Ao mostrar o mapa de toda a ilha podia-se ver que toda a zona leste estaria debaixo de chuva a maior parte do dia, mas para Este nem por isso!
Parti para Este, claro!
Segui para Winchester, uma cidade ali no sul de Inglaterra que já foi capital do reino e tem uma catedral lindíssima!
Aquela catedral espantosa foi começada a construir no sec XI embora só tenha sido concluída alguns séculos depois!
É uma das maiores catedrais inglesas e a gente sente-se pequenina lá dentro!
Monumental e linda!
Aqueles tectos fizeram-me andar tempos infinitos de nariz no ar!
Estava muito perto de Londres e o mau tempo não estava longe, aliás, estava em cima de nós! A cidade perdia a piada com todo aquele cinzento, por isso peguei na moto e fui para mais longe um bocado!
Segui para Salisbury. Mais uma catedral espantosa me esperava ali, a catedral de Saint Mary uma construção com 750 anos!
Hoje é uma catedral anglicana em perfeita utilização para oração e visita-la foi uma agradável surpresa!
Mesmo em frente uma mulher enorme caminha para ela determinada!
Até eu era pequena perto dela!
Lá dentro, alem da beleza da construção, haviam pormenores surpreendentes que me prenderam a atenção por muito tempo e fotos!
Uma fonte silenciosa, um espelho vibrante, ali, bem no meio do caminho… surrealista beleza!
Mergulha-se naquelas águas como num espelho! É espantoso!
Depois daqueles minutos de contemplação das águas tudo é magico!
E de repente, no meio daqueles túmulos centenários, um tumulo muito original!
Havia esculturas deste artista um pouco por todo o espaço o que achei surpreendente e delicioso!
Os claustros da catedral são espantosos! Numa sala ali ao lado está guardado um dos 4 exemplares da Magna Carta, uma espécie de tetravó do constitucionalismo!
Quando cheguei cá fora a minha Magnífica tinha arranjado uma amiga!
O céu estava azul e as nuvens tinham-se afastado mais um pouco, tal como dissera o boletim meteorológico! Eu estava no bom caminho: o caminho do sol! 😉
Ali perto fica Old Sarum! Um nome que me enchia de respeito e curiosidade! Às vezes os nomes antigos têm muito poder sobre mim! Encontrei por lá uma foto aérea do local e a seguir fui vê-lo!
Old Sarum é o lugar mais antigo da região, data de 3.000 ac… é quase solo sagrado, heim?
Ali passaram povos desde os romanos aos saxões. O castelo e a catedral eram do sec I dc.
Aquilo fica no topo de uma colina perto do rio Avon e, no sec XIII decidem demolir tudo e construir a New Sarum mais abaixo, junto ao rio, hoje Salisbury!
No inicio do sec XX descobriu-se o local exacto da catedral por causa das falhas na relva que não crescia direito nas zonas onde estiveram as paredes!
Há um foço em torno do montinho onde ficava o castelo, a catedral ficava cá fora, junto das construções da população.
Dali vê-se Salisbury ao fundo
A nuvem negra tinha voltado. Por lá é sempre assim, num momento está sol e sai tudo para rua para o aproveitar, no momento seguinte está tudo cinzento de novo!
Segui para Stonhenge, ali pertinho.
O trabalho que se tem para se tirar uma ou duas fotos sem ninguém por perto!
Felizmente as pessoas não podem aproximar-se das pedras senão não haveria tréguas e aquilo estaria sempre pilhado de povo!
Como eu imaginava, aquilo é monumental!
Quanto mais antiga é a construção mais silenciosa e solitária deve ser a visita para mim… aquilo estava um inferno de povo!… fui-me embora.
Afinal tinha tanta estrada tipo ruela aos “sobes-e-desces” para fazer e sentir o estômago saltar a cada descida e o coração nas mãos a cada cruzamento!
Fui para Bath!
(continua)
Surpreendentemente espectacular!!!
Obrigada…
Ha tanta coisa bonita por ali para ver que voltei com vontade de regressar para ver o que não vi!
Este ano tinha planeado a minha viagem à Escócia. Enquanto uma amiga reclamava de uma pequena alteração no seu plano de férias, eu via as minhas anuladas praticamente na totalidade (de 53 dias úteis que tinha para gozar, só pude utilizar 10).
Abençoadamente, acabei por quase fazer a viagem. Pena que não tenha sido de moto.
De qualquer modo; Obrigado Gracinda.
Pois foi Pedro! Às vezes a vida prega-nos partidas!
Quando soube que teria de alterar as férias pensei que não ficaria com tempo suficiente para ir, por isso fiquei meio desorientada!
Depois fui estudando melhor o tempo que teria, marquei de novo as férias, já muito bem estudadas e deu para ir…
Lembrei-me de ti e fiquei sem saber se tinhas ido ou não…
Beijucas
Fantasticamente surpreendente! Parabéns.
Se alguma vez puder voltar a Stonehenge, vá no outono, pois há muito menos gente ou praticamente nenhuma, onde dá para interiorizarmos verdadeiramente o local que tem, para mim, algo de diferente.
Estou curioso por ver a descrição de Bath e a sua opinião…
Pois Eduardo, acredito que sim!
Não entrei no recinto, preferi deixa-lo para uma proxima visita, pois a fila era longa e a minha paciencia pouca para enfrentar o povo naquele local!
Bath vai sair já a seguir, estou a tratar disso! 😉
Verdadeiramente espectacular!!!
Beautiful! 🙂
Beijinho/Simone