12 de Agosto de 2011 – continuação
Então lá me obriguei a seguir caminho para Brighton. Já estava a chegar a hora crítica do “tudo fechado” mas que importava, se não pudesse ver o que queria por dentro veria por fora pois é também espectacular! Recuso-me a viajar às corridas para ver tudo e foi em “passo de passeio” que lá cheguei.
Encontrei logo o que mais me atraia na cidade: o Royal Pavilion, espantoso!
Um edifício surpreendente em estilo Indo-Sarraceno do sec XIX, que foi residência real e enche os olhos a quem lá passa!
Tive tanta pena de não o poder visitar por dentro!
Mas pelo menos catei-o todo por fora!
Então, quando eu andava nas minhas explorações, eis que chega um casamento, para a sessão de fotos, que pelos vistos é como aqui, vai tudo para o local mais bonito da cidade fazer a poses mais interessantes.
O curioso é que… era tudo tão piroso que eu, e outras pessoas que passeavam pelos jardins, ficamos a olhar deliciados, com um sorriso nos lábios!
O noivo era pequenino e usava fato cinzento com gravata, lenço, sapatos e chapéu rosa choque! Era mesmo chocante! Não tirava as mãos dos bolsos, nas poses mais “azeiteiras” que já vi!
A noiva era bem mais corpulenta do que o noivo e mal sabia andar nos sapatos de salto alto, o que era comum a quase todas as convidadas! Acabou por troca-los ali mesmo por uns rasos. As roupas em geral eram extravagantes e as pessoas não pareciam nada confortáveis dentro delas.
Ao meu lado, comentavam que o carnaval tinha chegado à cidade. Fiquei mais elucidada, pois percebi que a cena não era caricata só para mim, também o era para as pessoas de lá. Havia gente a rir descontraidamente, sem nem disfarçar! Também me ri, mas sem ninguém ver…
Perto do Royal Pavilion fica, sobre a praia, o glorioso Pier de Brighton, também conhecido por Brighton Marine Palace and Pier
Fui ver como era por dentro
Passeia-se por ali como num jardim ou praça, só que sobre a água.
Ao fundo tem uma parte mais larga onde ficam as diversões, tipo pequena feira popular.
Há restaurantes com a porcaria do “fish and ships”, sentia-se o cheiro cá fora!
Ao longe a estrutura de um outro Pier é visível: o West Pier (construído também no sec XIX, mas uns anos mais velho que o outro), que rivalizou durante muitos anos com o primeiro, mas acabou por ser abandonado em 1975 e mais tarde vítima de um incêndio em 2002… a sua “ossada” jaz ali triste na berma do mar…
De um pequeno cais em pedra com uma escultura em forma de Donut podem-se ver os 2 Piers um de cada lado
Voltei a passar no Royal Pavilion e apetecia continuar a tirar fotos e mais fotos! Não resisto tenho de por mais uma ou duas tiradas da rua…
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A motita estava estacionada mesmo pertinho e já tinha uma série de amigas junto dela quando voltei!
Continuei o meu caminho… estaria tudo fechado para a frente mas vale sempre a pena passar e ver o que se pode ver da estrada! Com imensa pena minha o Arundel Castle estava naturalmente fechado….
Queria muito vê-lo mas não seria possível… andei por ali a deambular, numa zona muito bonita e cheia de encanto, já que o castelo me era vedado…
Encontrei um sinal de trânsito giríssimo que faltava na minha colecção de vacas, cavalos, gazelas e tanques de guerra, que já tinha encontrado até ali!
E lá estavam eles mais à frente, tive de parar para suas excelências passarem a rua, de rabinho a abanar. Mas os cisnes foram a surpresa do momento! Eram simplesmente gigantes! Tive pena de não haver uma pessoa por perto para que se pudesse comparar a dimensão dos bichinhos!
Quando o cisne maior estava de pé a cabeça chegava-me quase ao ombro!!
Por ali tudo é calma e serenidade, nem os patos fogem da gente!
Parei a motita muito direitinha em cima da ponte para tirar fotografias… em contramão! Um carro que passou ficou meio confuso a olhar para mim… ups, eu nem tinha dado por ela!
E cheguei a Chichester! Tudo fechado, parecia noite, mas não era! Passava pouco das 6.00h da tarde!
A Catedral de Chichester merecia ser visitada, já foi considerada a catedral mais típica de Inglaterra! É a única catedral que tem a torre sineira separada do edifício e uma série de coisas que eu queria ver…
Pus-me a apreciar sozinha os encantos da cidade pois então, não havia vivalma nas ruas!
As portas por aquele pais fora são tão giras!
Não me apeteceu ir mais longe… estaria tudo fechado, sem ninguém nas ruas e a noite a chegar. Peguei na minha motita e voltei para Londres e nem sequer fui ao centro, meti-me “em casa” no paleio com uma série de viajantes mochileiros que por lá estavam e que vinham de países que me interessava “conhecer” pelas informações de quem é de lá… tirei muitas notas naquela noite para uma próxima viagem…
Fim do 7º dia!