16 de Agosto de 2011 – Continuação
Em Worcester voltei a perder-me na exploração dos recantos e encantos da catedral do sec XII, linda, com um nome gigantesco: Catedral da Igreja de Cristo e a Bendita Virgen Maria de Worcester.
Considerada uma das mais bonitas catedrais de Inglaterra, comporta os túmulos reais de King John e Prince Arthur e tem vitrais vitorianos únicos.
A catedral foi poupada de ser destruida por Henrique VIII, durante reforma Inglesa, por ter dentro a capela de seu irmão: O memorial ao príncipe Arthur, em homenagem a Arthur Tudor
E uns tectos remarcáveis!
Os espelhos são frequentes em igrejas e catedrais em Espanha, para mais fácil contemplação dos tectos, mas já os vi em Itália também e agora em Inglaterra. É sempre curiosa esta perspectiva do tecto!
A cripta, por baixo do altar-mor, é anterior ao edifício principal, sec X, já que a história da catedral começa muito antes do actual edifício, no sec VII.
Ainda são visíveis vestígios dos edifícios anteriores
Então segui para Stratford-upon-Avon. Esta cidade com um nome tão curioso é a cidade natal de William Shakespeare!
Depois de umas quantas voltas meio desesperantes, à procura de um sitio para pousar a minha Magnífica, lá consegui entrar na rua tipo praça principal, onde se situa a casa onde o homem nasceu.
Somos recebidos pela estátua de um bobo com a famosa frase do poeta/dramaturgo: “the fool doth think he is wise but the wise man knows himself to be a fool”
Logo a seguir está a casa do homem
Com a respectiva fila de pessoas à espera para fazerem de palhaços na frente da casa para a foto! E levantavam a mão e apontavam para a casa ou para a placa, ridículos mas felizes!
Depois do jardim fica a casinha das recordações
Em frente fica a loja “The Nutcracker Christmas Shop” onde podem comprar enfeites de Natal todo o ano!
A cidade tem casinhas muito giras e um ambiente cheio de vida e turistas
A biblioteca pública é uma delicia que apetece visitar!
Comi, numa esplanada em frente da casa do poeta, o scone mais seco e sensaborão que se possa imaginar! O que vale é que trazia varias porcarias para por dentro! Alem disso o café era de meio litro, porque eu pedi “curto”, senão seria de litro…
Paguei uma fortuna pelo lanchinho, mas desfrutei bem do local!
Fui seguindo por ruínhas ladeadas de casas muito bonitas e antigas, à medida que saia da cidade para continuar o meu caminho subindo o país…
Para mim, é mais importante encontrar estas casinhas anónimas, parar, fotografa-las, aprecia-las, do que seguir directa para a cidade seguinte…
As casas Tudor enchem-me os olhos, desde as mais simples às mais elaboradas!
Cheguei a Warwick, infelizmente tarde demais para visitar o Lord Leycester Hospital…
O Lord Leycester Hospital não é nem nunca foi um hospital! A palavra “hospital” é usada com o seu sentido mais antigo que se referia a uma instituição de caridade que alojava e cuidava pessoas necessitadas, enfermas ou idosas.
O Hospital é um grupo histórico de construções em madeira que datam sobretudo do final do século XIV agrupadas em torno do Portal Românico com a Chantry Chapel do século XII por cima.
No reinado da rainha Elizabeth I tornou-se um lugar de repouso para antigos guerreiros e suas esposas. Permanece até hoje como uma instituição de caridade independente fornecendo um lar para ex-militares e suas esposas.
Os senhores que estavam na porta e na recepção comunicaram-me que já estava fechada às visitas, mas foram muito simpáticos e convidaram-me a visitar o jardim!
Escondido atrás dos edifícios antigos fica o Master’s Garden, um pequeno jardim encantador!
Como eu gostava de ter visitado aquelas casas por dentro…
O castelo também estava fechado… fiquei triste, ainda andei ali pelo rio a passear um pouco.
Mas acabei por seguir para Leeds, onde fiquei hospedada numa cidade universitária muito simpática, composta por diversos edifícios, tipo condomínio fechado para estudantes! Com direito a porteiro, recepção e portão automático!
A minha Magnífica ficou mesmo ao lado da porta do meu edifício.
Tinha sido recebida em Leeds com uma chuveirada monumental e agora estava sol… Uma pena, era de dia e já não se podia visitar mais nada!
Fim do 11º dia!