24 de Agosto de 2011
Depois de um dia no limbo, em que conduzir foi a coisa mais bonita que me podia ter acontecido, acabei por dormir numa Bed & Breakfast – Lyn Leven Guest House, muito simpática, junto ao Loch Leven, a 2 ou 3 quilómetros da Glencoe Village.
Ali conheci um senhor que viajava com a filha adolescente. Tinham chegado à Escócia naquele dia de manhã e andavam a passear num carro alugado. Foi muito engraçado e agradável descobrir que estávamos todos a conversar, com alguma dificuldade, em inglês quando eles eram franceses!
De repente soltaram-se as línguas, fomos jantar a um bar ali perto e falamos durante todo o serão! Que bem que soube voltar a falar sem ter de pensar nas palavras, reformular as frases e constatar que o meu vocabulário inglês é miserável!
De manhã fui tomar o pequeno-almoço e deliciei-me com tudo o que este incluía! Na Escócia não se passa fome!
Tinha um longo caminho a percorrer e uma longa fila de “coisas a visitar”! Ao reformular a minha viagem mantivera a ideia de ir a Aberdeen, depois de comunicar por mail a pousada de juventude, anunciando a minha “desgraça” e o meu atraso, recebera uma resposta muito simpática, desejando boa recuperação para a minha motita e a mudança da reserva para o dia 24, sem problema!
Por isso o meu destino era Aberdeen! E desatei a improvisar até lá! eheheh
Logo à frente o cemitério da vila era lindo! Acho que se vivesse naquele país iria andar a catar os cemitérios todos!
Depois comecei por explorar a zona, porque os lagos sempre me apaixonam e a beleza da zona era impressionante!
E fui até Fort William, que fica mais à frente, na margem de um outro lago maior, que faz fronteira com o Loch Leven: o Loch Linnhe
Fort William fica pertinho do sopé do Ben Nevis, a maior montanha da Grã Bretanha, que é impressionante não tanto pela sua altura, mas sim pela sua configuração: o maciço granítico eleva-se do chão quase verticalmente e a bruma permanente dá-lhe um ar enigmático.
Não o poderia ver, o tempo estava encoberto e eu tinha pouco tempo… teria de ficar para outra vez…
Fui recebida de novo por um dia cinzento, daqueles que fazem com que a manhã pareça tarde e a tarde pareça noite! Claro que a igrejinha me chamou a atenção, sempre com o cemitério em volta!
Já me habituara a não resistir àqueles sítios mágicos e sagrados!
The St Andrew’s Episcopal Church, uma igreja muito bonita do sec XIX, é conhecida como “Queen of Highland Churches” – Rainha das igrejas das terras altas!
Estavam 3 padres lá dentro e eu perguntei se podia tirar fotos à igreja, simpaticamente eles disseram que sim.
Só depois percebi que estava lá um caixão e que se estava preparar um funeral!!
O que havia para explorar em Fort William não estava ao meu alcance naquele momento, eu não poderia caminhar horas pela bruma para ver os montes e os penhascos, por isso dei uma volta pela zona e segui o meu caminho.
Afinal havia ali um lago lindíssimo a explorar e isso, eu podia fazer com a minha motita!
Naquele dia tudo em redor tinha o tal ar enigmático! Não conseguia parar de fotografar!
A minha motita lá andava com o trolley amarrado na garupa, sem ameaçar nunca voltar a parar! Eu ia voltando a recuperar a confiança nela e voltava também a parar a todo o momento, por vezes desafiando a sua bateria…
A beleza do lago é indescritível e eu queria captar o máximo dessa beleza, porque ela comportava uma grande sensação que eu sabia que iria associar para sempre às fotos que tirasse…
Fiz um caminho diferente no regresso a Glen Coe, dando a volta ao Loch Leven, vale sempre a pena ir por outros caminhos pois são sempre lindos!
O Glen Coe estava envolto em bruma, alguns picos não eram mais visíveis!
Uma perspectiva e uma sensação muito diferente da que tivera no dia anterior… uma experiencia maravilhosa!
(continua)
5 estrelas.
Fantásticas fotos!! 🙂
Nossa voce é uma pessoa de sorte , muita sorte por fazer esta viagem e ainda por cima de moto . Conhecer estes lugares foi magico para mim , estas paisagens este silencio nunca mais sairam da minha alma . Obrigado por compartilhar isso comigo e parabens fotos belissimas ,
Obrigada pela visita!
Quanto a viagens, vai-se fazendo o que se pode com o que se tem! 😉