Os Lencinhos nas motos! – (de Zarathustra -Forum Motonline)

 

O lenço na moto

Basicamente, essa dos lenços (nas motos) é lembrada por ter começado em S. Francisco, nos finais do anos 60 início dos anos 70, em que a comunidade gay os utilizava no bolso de trás das calças para identificar os gostos sexuais de cada um (parceiros activos, passivos, etc.), nos bares da "especialidade"…

Mas, e há sempre um mas, esse atitude/moda teve início anteriormente, após a II Guerra nos finais dos anos 40, início dos anos 50, quando o movimento Bobber teve origem e começaram a surgir um grande número de motas provenientes dos excedentes de guerra do US a circular.

Foi os primórdios das chamadas "cores" dos clubes biker (atenção que já havia moto clubes, mas não na concepção biker do 1%). Assim, os lenços foram os primeiros "identificadores" de grupos, só sendo adoptado, mais tarde os chamados: "panos"; compostos por insígnias tripartidas cozidas nos blusões e/ou coletes. Mesmo assim, a ideia dos lenços é ainda anterior a isso e remonta ao tempo da instituição do Texas como Estado em que os famosos Rangers os utilizavam amarrado ao braço (lenço branco) para os distinguir de um grupo de vaqueiros (de que não me lembro o nome… acho que eram os “Calhagam”, ou algo que o valha) que aterrorizava a região (lenço vermelho).

Assim, o lenço foi adoptado como símbolo de grupo entre os primeiros grupos de motards (chamemos-lhe assim para não confundir bikers com moto clubes) espontaneamente organizados, como forma de se identificarem na estrada e de assumirem um recém-descoberto espírito de liberdade e rebeldia a que associavam as suas montadas…

Hoje em dia… a malta usa porque viu… porque quer esconder a matrícula… porque (acham) faz parte do estereótipo de “motard”… mas a malta hoje em dia usa muita coisa, não é?

 

Os MC

 

Em 4 de Julho de 1947, houve uma concentração de 3 dias em Hollister, uma pequena cidade da Califórnia, em que um MC, os Boozfighters (criados em 1946 por veteranos da WW II) se “entusiasmou” e provocou vários distúrbios.

Esses distúrbios, foram amplamente noticiados pela revista Life chegando até a pagar a um “jumento” para se sentar numa mota, desarranjado, de garrafa de cerveja na mão e com a máquina estacionada no meio de uma porrada de garrafas vazias, para a fotografia (já tão a ver onde é que o jornalismo nacional aprendeu a noticiar as questões relativas ao nosso Mundo, não estão!?).

Essa reportagem caiu como uma bomba na sociedade conservadora Americana da altura (1947), de uma forma tal que se propagou desde então o mito que quem tem mota é “feio, porco e mau”, tendo dado origem inclusive, ao filme “The Wild One” com Marlon Brando no principal papel em que o incidente é “relatado” com base na dita reportagem e não nos acontecimentos reais.

No decorrer dessa reportagem, digamos, polémica, a AMA (American Motorcyclist Association) emitiu um comunicado referindo que 99% dos motociclistas eram pessoas de bem e respeitadoras da lei e que não podiam ser englobadas no 1% dos que o não eram… e aqui surge a polémica.

Assim o 1%, passou a significar o “Biker” (motociclista, “motard”, escolham a língua que quiserem mas querem dizer todas o mesmo, em termos linguísticos) com um profundo “cometimento” (dedicação, lealdade, juramento, voto, devoção, etc.) para com o motociclismo e para com a irmandade dos que defendem o mesmo princípio; a mota como forma de ser, viver e estar na vida e acima de tudo, a família, no sentido lato e estrito da palavra.

No reverso, como não podia deixar de ser, é igualmente associado (e isto, essencialmente, nos EUA e Canada) aos ditos “Outlaws Bikers” a que as autoridades, associaram MCs (que já agora, nos termos do 1%, significa: Membership and Commitment; e não Moto Clube) como os Hells Angels, Outlaws, Pagans, e Bandidos, só para falar de alguns dos nomes mais “sonantes” da história do motociclismo.

 

http://forum.motonline.pt/forum_posts.asp?TID=20225&PN=2 

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