Cucu!
Em Tanger, ainda, eu escrevia umas linhas, como tantas outras escrevi durante a viagem, e alguém sugeriu que fossem essas linhas o inicio da minha crónica… E porque não começar pelo que sentia na ultima noite em terras de Marrocos?
E escrevia eu:
“Estou quase de regresso, apenas uns 900 e tal quilómetros me separam de casa, será a ultima etapa.
Neste momento estou sentada na esplanada do hotel Continental, em Tanger. Todo o grupo já foi dormir, mas eu tardo em dar por terminada a minha incursão por Marrocos…
Algumas coisas me desiludiram, muitas coisas me agradaram e uma infinidade delas me maravilharam neste país! Houve um momento em que pensei com os meus botões “isto não tem nada a ver comigo” ou “só por ti, Sottomayor, estou a passar por isto” quando o vento era tão forte que eu pensei por diversas vezes, me ía atirar ao chão…
Mas o paraíso estava mais além, sempre mais espectacular, sempre mais surpreendente!
Uma cidade azul, umas horas no silêncio do amanhecer no deserto, uma cordilheira aos meus pés, uma Medina espantosa e outra e outra ainda … um grupo de motos amigas em meu redor!
Houve um momento em que disse que não deveria cá voltar, o que levava era suficiente para a memória. Hoje não tenho mais a certeza!
Se calhar voltarei mais cedo do que cheguei a pensar!
Tenho tanta pena que o meu amigo não tenha podido ver o que os meus olhos viram… nem viver o que o meu coração viveu!
De repente nem sei como poderei fazer uma crónica desta viagem! Mas sei que tenho de faze-la, para que nada se perca no tempo… vou faze-la nem que seja pouquinho a pouquinho e demore um mês a termina-la!
Adeus Marrocos e até à próxima!”
Mas a epopeia começou assim:
Os preparativos começaram cedo, as histórias que fizeram cada um de nós juntar-se e formar este grupo são diversas, mas uma constante se manteve: todos queriam ir a Marrocos!
E a viagem começou, para uns mais cedo do que para outros: Eu, o Jorge, o João e o Filipe, com direito a comité de despedida na área de serviço de Santo Ovideo
No dia 15 os primeiros 4 viajantes e respectivas motas partiram do norte, descendo o país até Lisboa, onde foram recolhidos simpaticamente pela Paula, Carlos e pais que, alem de nos darem guarida, ainda nos deram de jantar!
Mas a verdadeira viagem começaria no dia seguinte! Eram que horas? 5.00 da matina? 5.30h? Que importa, para a festa não ha perna manca!
Logo ali à frente começamos a juntar mais gente ao grupo: o Vitor e a Sandra!
E a seguir o Alberto e a Mila, que o restante povo era do Algarve e só se juntaria a nós mais tarde um pouco, já por terras de Espanha
(Continua amanhã que a net está a empatar!…)
A crónica está fantástica.
Parabéns. 🙂
Obrigada!
Ainda falta um bom bocado! Ainda vou a meio!
Beijucas