Depois veio a burocracia da alfandega marroquina, onde a autoridade tem de ser respeitada, mas onde às vezes é difícil saber quem ela é, já que qualquer fulano anda por ali, com um cartão pendurado ao peito a preencher papeis e não tem nada a ver com a autoridade!!
Aquilo, em cima da minha motita é o meu pé!… enquanto esperava, pacientemente, que nos mandassem seguir…
E passamos, finalmente! Aquele “v” do Vitor deve ser a festejar o facto: estávamos em Tanger!
Então veio mais vento, mais luta…
Escrevia eu naquela noite:
[i]“ A violência do vento, além de me cansar, stressa-me!
Não suporto a ideia de poder estar a atrasar todo um grupo, mas o vento simplesmente não me deixa andar!
A cada curva do caminho senti-o atacar-me, como um bandido! E a cada curva temi cair!
Puxa, será que Marrocos é todo assim? Serei eu capaz de aguentar 8 dias disto, com o meu cotovelo a doer, cada vez mais, e uma moto enlouquecida pelo vento, nas mãos?
Hoje está vencida a luta… amanhã se verá!”[/i]
Chegamos a Chefchaouen
Fomos recebidos com um chá de menta, que alegrou os ânimos, pois eu nunca me lembrei que o que me atrasava a mim também atrasaria os outros, o vento quando nasce, é como o sol, é para todos!
A casa era modesta mas bastante simpática
Andei a cuscar alguns recantos
E depois foi-nos servido o primeiro jantar de tagine para todos!
Almondegas com ovo escalfado. Gostei bastante!
E tortilha para a amiga Maria que não come carne
Depois era hora de descansar e o dono do Hotel arrumou todo o espaço para que a gente guardasse a motos lá dentro! Foi super simpático!
Assim todos pudemos dormir em paz!