19- Passeando por Marrocos – Essaouira

Desta vez o meu Patrick (GPS) tinha razão, ficou todo baralhado e tentava a todo o custo fazer-nos entrar na Medina!
O que ele não sabia era que não circulam veículos lá por dentro!
Policias super-simpáticos (até me ofereceram peixe do que estavam a comer!) disseram-me que as motos não podiam entrar, teriam de ficar no parque no exterior.
E tivemos de deixar as motitas de “mãos dadas” cá fora.
O hotel era mesmo no coração da Medina.

O pior era carregar as malas lá para dentro! Mas também não foi problema, havia carros para o fazer!

A sensação de ir dormir no interior de uma Medina era de expectativa! Ia espreitando por todas as portas para ver como ela era lá por dentro!

E lá nos fomos embrenhando numa Medina que não se parecia em nada com a de Marrakech!

Airosa e com lojinhas colorida para nos fazer gastar mais uns Dirhams em souvenirs!

E lá no meio estava o nosso hotel lindo! Maison du Sud!

Uma construção cheia de recantos, pátios interiores, escadas e patamares onde se podia ver de cima para baixo e de baixo para cima!

As diversas salas, na penumbra, tornavam-se acolhedoras e quase misteriosas, com luzinhas agradáveis a criar um ambiente simpático, quase misterioso!

Andei por ali a fotografar tudo, vezes sem conta, até me levarem ao meu quarto que ficava lá bem em cima!

Fui subindo, subindo deixando toda a gente pelo caminho!

O que me valeu foi que o senhor do hotel carregou as minhas malas, senão eu teria parado um milhão de vezes pelas escadas acima até chegar… ao terraço!

O terraço era todo meu! Pronto ok, o Filipe Mendonça e a Olga também tinham quarto no terraço, ao lado do meu!

Claro que fui espreitar o que se via para lá do muro!

E lá de cima via-se a rua principal da Medina!

O hotel era lindo e labiríntico!

E cada vez que eu descia ou subia deliciava-me a captar pormenores, recantos, perspectivas!

Olha eu ali!

Todo o grupo adorou o hotel, acho que ninguém se importou mesmo de deixar as motos à entrada da Medina, só para poder usufruir de um espaço tão giro e simpático!

Adorei esta foto! O flash simplesmente fez desaparecer a parede e a jarra ficou pousada em cima de nada!

O povo reunia-se para sair à descoberta da Medina.

E toda a gente fotografou o local até à exaustão!

A chuva voltara entretanto e o povo ía andando de tolde em tolde para se abrigar minimamente!

Como não se podia andar à vontade por causa da chuva, fui pondo o olho às montras e eu que nem gosto de bolos achei estes girinhos, não são?

As ruínhas estreitas chamam-me sempre a atenção e por ali havia muitas!

Olhem-me para aquele arco! Quem passa lá por baixo?

Aí vem o grupo todo testar a altura do dito arco!

Se havia duvidas quanto à sua real dimensão basta ver! Todos nós éramos grandes demais para passar por ali sem nos baixarmos!

Mesmo a Mila, que era a mais pequenina, teve de se baixar pois os barrotes de sustentação ainda eram mais baixos que o arco de entrada!

Toda a gente vergou a mola para passar!

Uns mais do que outros!

E continuamos por quelhos e ruelas bem giros!

As portas continuam a fascinar-me e aquelas além de giras eram baixinhas!

A Medina branca e azul…

Chegamos à muralha do Castelo Real de Mogador construído pelos portugueses no inicio do século XVI! Essaouira já se chamou Mogador

Toda aquela artilharia é portuguesa!


Ali as gaivotas não fogem da gente, não devem estar habituadas a ser mal tratadas, senão fugiriam!

Perto da gaivota estava um passaroco dos nossos! Eheheh

Havia outros passarocos dos nossos muito interessados em espreitar para o interior da muralha!

E foi aqui, na portinha dentro do arco, que voltei a tatuar outra mão!

A amiga Maria já tinha feito o negócio quando cheguei, e já se tinha tatuado também!
Desta vez aproveitei para fotografar a operação, já que em Marrakech não o pudera fazer, quando me tatuavam a mão esquerda, pois era de noite!

Ha quem lhe chame pintura mas, na realidade, aquilo não é uma pintura, é uma tatuagem: Henna.

A Henna é usada em momentos festivos. Quando casam, as noivas tatuam as mãos e os pés em sinal de boa sorte

A Henna é uma mistura feita a partir de folhas secas e moídas da planta de Henna, com óleo de eucalipto e sumo de limão.
A Henna preta é resultado de uma mistura química.

Isso quer dizer que a minha primeira tatuagem (castanha) era natural, e a segunda (preta) era química!

Algumas das tatuagens das meninas do grupo!

Depois andamos a negociar peixe para o jantar! É preciso paciência e perseverança para se negociar peixe variado para tanta gente!

Escolhemos a tenda que tinha o peixe mais fresco e foi uma luta: Lulas, Chocos, Robalo, Dourada, Camarão Tigre, Lagostins, Lagosta… mais isto mais aquilo… 20 € por pessoa e foi um encher a barriga!

Ali mesmo em frente ao mar!

Alem das tendas do peixe também havia as tendas dos sumos, primorosamente enfeitadas com as cascas dos citrinos! Laranjas e toranjas, normais e sanguíneas, que bom aspecto!

E as gaivotas que pareciam de plástico, de tão branquinhas e quietinhas que estavam!

Entre o negócio do peixe e o jantar ainda houve tempo para umas cervejolas frescas que vieram mesmo a calhar

Ali mesmo, com a baia de Essaouira como paisagem!

E fomos jantar!

Um rodízio do mar, foi o que foi o nosso jantar!

Um ambiente romântico… de comilões…

Lagosta para todos, só faltou mesmo um pouco de maionaise e um vinhinho branco geladinho!

E foi um fim de dia, de barriga cheia

E cafezinho numa esplanada, fez-me falta o nosso café por lá… como em todas as minhas viagens faz!

Chichi cama, que a nossa casa era logo ali!

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2 thoughts on “19- Passeando por Marrocos – Essaouira

  1. Essas tatuagens são o teu casamento com mais aventuras de moto,a lugares belos, misteriosos e mágicos. Querer é poder, boas rectas e curvas… 😉

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