Desta vez o meu Patrick (GPS) tinha razão, ficou todo baralhado e tentava a todo o custo fazer-nos entrar na Medina!
O que ele não sabia era que não circulam veículos lá por dentro!
Policias super-simpáticos (até me ofereceram peixe do que estavam a comer!) disseram-me que as motos não podiam entrar, teriam de ficar no parque no exterior.
E tivemos de deixar as motitas de “mãos dadas” cá fora.
O hotel era mesmo no coração da Medina.
O pior era carregar as malas lá para dentro! Mas também não foi problema, havia carros para o fazer!
A sensação de ir dormir no interior de uma Medina era de expectativa! Ia espreitando por todas as portas para ver como ela era lá por dentro!
E lá nos fomos embrenhando numa Medina que não se parecia em nada com a de Marrakech!
Airosa e com lojinhas colorida para nos fazer gastar mais uns Dirhams em souvenirs!
E lá no meio estava o nosso hotel lindo! Maison du Sud!
Uma construção cheia de recantos, pátios interiores, escadas e patamares onde se podia ver de cima para baixo e de baixo para cima!
As diversas salas, na penumbra, tornavam-se acolhedoras e quase misteriosas, com luzinhas agradáveis a criar um ambiente simpático, quase misterioso!
Andei por ali a fotografar tudo, vezes sem conta, até me levarem ao meu quarto que ficava lá bem em cima!
Fui subindo, subindo deixando toda a gente pelo caminho!
O que me valeu foi que o senhor do hotel carregou as minhas malas, senão eu teria parado um milhão de vezes pelas escadas acima até chegar… ao terraço!
O terraço era todo meu! Pronto ok, o Filipe Mendonça e a Olga também tinham quarto no terraço, ao lado do meu!
Claro que fui espreitar o que se via para lá do muro!
E lá de cima via-se a rua principal da Medina!
O hotel era lindo e labiríntico!
E cada vez que eu descia ou subia deliciava-me a captar pormenores, recantos, perspectivas!
Olha eu ali!
Todo o grupo adorou o hotel, acho que ninguém se importou mesmo de deixar as motos à entrada da Medina, só para poder usufruir de um espaço tão giro e simpático!
Adorei esta foto! O flash simplesmente fez desaparecer a parede e a jarra ficou pousada em cima de nada!
O povo reunia-se para sair à descoberta da Medina.
E toda a gente fotografou o local até à exaustão!
A chuva voltara entretanto e o povo ía andando de tolde em tolde para se abrigar minimamente!
Como não se podia andar à vontade por causa da chuva, fui pondo o olho às montras e eu que nem gosto de bolos achei estes girinhos, não são?
As ruínhas estreitas chamam-me sempre a atenção e por ali havia muitas!
Olhem-me para aquele arco! Quem passa lá por baixo?
Aí vem o grupo todo testar a altura do dito arco!
Se havia duvidas quanto à sua real dimensão basta ver! Todos nós éramos grandes demais para passar por ali sem nos baixarmos!
Mesmo a Mila, que era a mais pequenina, teve de se baixar pois os barrotes de sustentação ainda eram mais baixos que o arco de entrada!
Toda a gente vergou a mola para passar!
Uns mais do que outros!
E continuamos por quelhos e ruelas bem giros!
As portas continuam a fascinar-me e aquelas além de giras eram baixinhas!
A Medina branca e azul…
Chegamos à muralha do Castelo Real de Mogador construído pelos portugueses no inicio do século XVI! Essaouira já se chamou Mogador
Toda aquela artilharia é portuguesa!
Ali as gaivotas não fogem da gente, não devem estar habituadas a ser mal tratadas, senão fugiriam!
Perto da gaivota estava um passaroco dos nossos! Eheheh
Havia outros passarocos dos nossos muito interessados em espreitar para o interior da muralha!
E foi aqui, na portinha dentro do arco, que voltei a tatuar outra mão!
A amiga Maria já tinha feito o negócio quando cheguei, e já se tinha tatuado também!
Desta vez aproveitei para fotografar a operação, já que em Marrakech não o pudera fazer, quando me tatuavam a mão esquerda, pois era de noite!
Ha quem lhe chame pintura mas, na realidade, aquilo não é uma pintura, é uma tatuagem: Henna.
A Henna é usada em momentos festivos. Quando casam, as noivas tatuam as mãos e os pés em sinal de boa sorte
A Henna é uma mistura feita a partir de folhas secas e moídas da planta de Henna, com óleo de eucalipto e sumo de limão.
A Henna preta é resultado de uma mistura química.
Isso quer dizer que a minha primeira tatuagem (castanha) era natural, e a segunda (preta) era química!
Algumas das tatuagens das meninas do grupo!
Depois andamos a negociar peixe para o jantar! É preciso paciência e perseverança para se negociar peixe variado para tanta gente!
Escolhemos a tenda que tinha o peixe mais fresco e foi uma luta: Lulas, Chocos, Robalo, Dourada, Camarão Tigre, Lagostins, Lagosta… mais isto mais aquilo… 20 € por pessoa e foi um encher a barriga!
Ali mesmo em frente ao mar!
Alem das tendas do peixe também havia as tendas dos sumos, primorosamente enfeitadas com as cascas dos citrinos! Laranjas e toranjas, normais e sanguíneas, que bom aspecto!
E as gaivotas que pareciam de plástico, de tão branquinhas e quietinhas que estavam!
Entre o negócio do peixe e o jantar ainda houve tempo para umas cervejolas frescas que vieram mesmo a calhar
Ali mesmo, com a baia de Essaouira como paisagem!
E fomos jantar!
Um rodízio do mar, foi o que foi o nosso jantar!
Um ambiente romântico… de comilões…
Lagosta para todos, só faltou mesmo um pouco de maionaise e um vinhinho branco geladinho!
E foi um fim de dia, de barriga cheia
E cafezinho numa esplanada, fez-me falta o nosso café por lá… como em todas as minhas viagens faz!
Chichi cama, que a nossa casa era logo ali!
Essas tatuagens são o teu casamento com mais aventuras de moto,a lugares belos, misteriosos e mágicos. Querer é poder, boas rectas e curvas… 😉
Cucu!
Graças a Deus que o meu casamento com tudo isso é mais duradouro que as tatuagens! Elas já se foram, a vontage de viajar é cada vez maior! eheheh
Beijucas