Há preocupações que são infrutíferas e incompreensíveis!
Como se pode viver na ansiedade do pior que pode acontecer, sem entrar em rutura com o equilíbrio emocional?
“Mas se …” dizem-me logo, quando tento fazer ver que o medo não ajuda a resolver coisa nenhuma!
Mas se realmente acontecer o que tanto tememos? Estaremos tão enfraquecidos pela ansiedade e pela cisma do sofrer por antecipação, que não teremos forças para reagir!
“E não te preparas para o pior?”
Claro que sim!
Mas preparar-me para o pior é desenhar estratégias para o superar, e não viver angustiada dia após dia, até os nervos falirem e a depressão tomar conta de tudo, mesmo antes de o pior chegar!
Quando o queixume se torna num vicio, a sensação de inevitabilidade confunde-se com a única sensação possível! Olha-se para a alegria dos outros e deseja-se ser assim mas continua-se a alimentar a dor e o sofrimento. Espera-se que o sofrimento desapareça sozinho e, como isso não acontece, culpa-se a má sorte, a solidão, a falta de oportunidade, sem se deixar de chorar e de queixar. O tempo passa e aceita-se este “não viver” com naturalidade, como se a alegria e a felicidade não fossem feitas para passar naquela porta.
Afinal o problema é que dá trabalho ser feliz…
(mim, moi, je)