25. Escandinávia 2017 – De Bergen até Trondheim 2

16 de agosto de 2017

(continuação)

Depois do meu longo “momento zen” em redor da igreja Borgund eu nem sabia o que me apetecia fazer a seguir, mas apenas seguir a estrada seria certamente bom, porque as paisagens são sempre inspiradoras por ali!

Não há só igrejas de madeira grandes e famosas naquele país e a uns 30 ou 40 quilómetros de Borgund encontrei a pequena igreja de Oye, uma das pequenas, antigas e lindas construções do género.
Dizem que a igrejinha, do século XII, ficava inicialmente mais perto do lago Vangsmjøse mas que o rio Rødøla inundava tudo e até desenterrava os mortos, por isso ela foi movida para ali. E o sitio é fantástico, com um cenário deslumbrante!

De qualquer maneira a igreja foi derrubada, substituída por uma nova e reconstruída de novo mais tarde, Não somos é só cá que destruímos as coisas e depois nos arrependemos e vamos tentar voltar a pô-las como eram.
As coisas que eu consigo aprender quando as pessoas escrevem as coisas em língua que eu saiba ler, heim?

E o que não faltam por ali são igrejas de madeira, mas o que me fascinava e fazia parar agora não era a igreja em si, mas o sitio onde ela estava!

Sim ela era lindinha, toda pintadinha de branco em contraste com o verde da relva impecavelmente aparada…

Até os instrumentos para jardinar o cemitério eram a condizer com o branco da igreja e o verde do chão!

Mas ao fundo do relvado havia um portão e depois a paisagem deslumbrante!

É nestes momentos que eu me perco num cemitério!

E voltei a subir um monte e desrespeitar o meu GPS que, confuso, repetia “recalculando, recalculando, recalculando”

Eu tenho sempre de ir catar onde as pessoas vivem, ver como são as suas localidades, lá onde os turistas não passam! E as ruas eram de terra batida e as casas de telhados de relva, lindo!

Confesso que quase meti a moto dentro dos jardins das pessoas, a cada vez que não havia muros e os seus caminhos eram iguais à estrada! Isto de não alcatroar as ruas faz alguma confusão quando a gente anda a cuscar nos quintais do povo!

Quando havia muros, eram espetaculares! A forma como as pessoas encaixam as tabuas de madeira entre pequenos toros verticais, permite-lhe construir uma vedação sem usar um prego! Claro que gastam muito mais madeira do que se pregassem as tabuas, mas a quantidade de casas e cercas nunca é muito grande, num país com tão baixa densidade populacional. E aquelas vedações são típicas por ali e o efeito é bonito!

Então fui percorrendo a Nasjonale Turistveger Valdresflya, uma das estradas mais bonitas da minha história!

A estrada segue entre Garli e Besstrondsæter em Vågå e oferece uma sequencia de paisagens deslumbrantes e infinitas sobre o Parque Nacional de Jotunheimen

Até o meu cérebro ficou em silêncio ao percorrer tão fantástica paisagem!

São aqueles momentos em que nem apetece pensar, apenas ficar e olhar!

E os pauzinhos de neve na berma da estrada acentuavam um leve toque de desolação!

Ao chegar a Trondheim, não me lembrando do nome da estrada, referir-me-ia a ela como a estrada dos pauzinhos!

O ponto mais alto da estrada tem mais de 1300 metros, mas como estamos num planalto não se percebe, até se começar a ver a neve tão perto do nível em que estamos!

E quando apenas faltava o toque de algumas casinhas “cabeludas” na paisagem, elas aparecerem para tornar tudo perfeito!

Cheguei a Trondheim ao anoitecer. O hostel era exatamente como eu vira no Booking, uma construção a lembrar um enorme colégio, com um imenso jardim relvado na frente e um ambiente acolhedor lá dentro. Ainda bem, porque eu iria dormir ali 2 noites!

Amanhã eu iria passear em redor e eram tantas as coisas que eu queria ver!

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