13 de Agosto de 2012 – continuação
Claro que não fui quietinha e sem uma foto até Lucerne! Afinal a beleza do caminho não se esgotava ali!
Desci o Pass na companhia de uma Glodwing de gente simpática.
Entrei no cantão de Obwalden, que contem o centro geográfico da Suíça e, para mim, é o cantão mais bonito do país!
Lá em baixo Lungern e o seu lago Lungerersee, um lago esmeralda lindíssimo que me prende sempre o olhar, cada vez que passo ali!
Parei e não mexi mais por muito tempo! Fiz um picnic ali e tirei meio milhão de fotos repetidas e iguais a tantas outras que tirei noutros anos…
E depois de horas a comer, a beber e a tirar fotos repetidas, lá me forcei a descer o monte até Lucerne, ainda com o verde do lago no olhar!
O lago de Lucerna é um dos lagos mais belos do país, por isso a perda não era significativa!
O hostel era num sítio estratégico da cidade, por isso fui largar a trouxa e a moto e fui passear a pé pela cidade, pois há ali recantos lindos que já não visitava há anos!
A rua das traseiras do hostel era gira, com paredes pintadas em “tromp l’oeil” que davam a sensação de que a rua continuava! O que eu gosto daqueles murais!
Ali à beirinha fica o monumento Löwendenkmal, ou monumento do Leão
Mark Twain falava do monumento como “a mais lúgubre e tocante peça em pedra no mundo.”
Uma escultura em relevo construída em homenagem aos guardas suíços que foram massacrados em 1792 durante a Revolução Francesa.
A inscrição superior diz “Helvetiorum Fidei ac Virtuti” que quer dizer “à lealdade e bravura dos suíços”
A inscrição em baixo diz os nomes dos nomes dos oficiais, e o número aproximado dos soldados que morreram (DCCLX = 760), e sobreviveram (CCCL = 350)
O monumento é muito visitado e estão sempre a chegar pessoas em grupos para o verem e fazerem-se fotografar em frente dele!
Achei curioso a quantidade de grupos de indianos que passaram por lá enquanto eu ali estive sentada a apreciar.
Os Alpes são um destino muito procurado pelos indianos para rodar muitos dos seus filmes. A Suíça faz muito boas condições para as equipas que vão filmar no país, com impostos, alugueres e licenças especiais, rápidas e baratas, que nenhum outro país alpino consegue superar!
Acabam por só ganhar com isso pois, alem dos ganhos que as rodagens trazem ao país, pois embora paguem barato pagam muito, pois são muitas pessoas e equipamento por muitos dias a circular no país, trazem depois toda a multidão de pessoas comuns que querem ver com os seus olhos os locais onde os seus heróis foram filmados!
Mais à frente fica um recanto bem antigo da cidade com a sua igreja Hofkirche Sankt Leodegar, uma igreja do séc. XVII, renascentista, construída sobre uma outra românica, que ardeu, e de que restam ainda as duas torres pontiagudas. St. Leodegar é o santo padroeiro da cidade.
Em volta da igreja fica uma espécie de claustro que é cemitério! É curiosa a forma como dispõem as sepulturas em torno da igreja e dentro das arcadas, como se de um jardim se tratasse!
Outras sepulturas são apenas assinaladas com pequenas lápides na relva!
A Cidade Velha fica logo ali em volta com chalés de madeira e vestígios de muralhas em alguns sítios.
Mas as casinhas de madeira ou com o travejamento de madeira exterior colorido, é que são mais comuns.
Há coisas nas montras de souvenires que me espantam! Gostava de ver o MacGyver transportar um canivete suíço destes no bolso! Isto nem é uma arma branca, é mesmo uma arma de arremesso!
Só para encontrar o instrumento que se procura é preciso um mapa do canivete!
Depois fui andando pela margem do lago na direção do Rio Reuss, lá onde fica, entre muitas outras coisas, a famosa Kapellbrücke ou Pont de la Chapelle, uma das pontes de madeira mais antiga da Europa.
O Rio Reuss nasce no maciço de Aar-Gothard, perto do St Gothard Pass, e é afluente do rio Aar, que é afluente do Rio Reno! É tudo família por ali, entre rios e lagos!
A Pont de la Chapelle, do século XIV, é o ex-libris da cidade e uma das pontes de madeira mais antigas da Europa.
Esta ponte foi parcialmente destruída em 1993, quando eu estava na Suíça, por um fogo provavelmente provocado por um cigarro que caiu num barco que pegou fogo à ponte! Foi um susto nacional na época!
Na época existia um ancoradouro de barcos por baixo da ponte que foi proibido depois do incidente.
A ponte foi restaurada e inaugurada em 94
Nota-se ainda a parte velha chamuscada e a nova após o fogo.”
A torre da Água, do séc. XIII, octogonal, já foi prisão e câmara de tortura noutros tempos!
É muito bonito passear por ali, porque todos os ângulos da ponte são bonitos e únicos. Depois há esplanadas animadas por todos os lados e a gente nunca se sente só!
E cheguei à outra ponte de madeira sobre o Rio Reuss, a Spreuerbrücke, ou ponte dos despejos, do séc. XV.
Na idade média apenas ali era permitido lançar despejos no rio. Tal como a Pont de la Chapelle, é adornada por pinturas
Por baixo dela e em seu redor há uma espécie de represas que fazem efeitos muito bonitos nas aguas do rio.
Depois o percurso de regresso é sempre bonito pelas casas pintadas que se encontram por ali, cada uma mais bonita que a outra!
A torre do relógio da Mairie, que continua em obras desde a última vez que lá passei, há 2 anos!
Há casas que enchem os olhos como a Casa Gremial, devia estar ligada aos padeiros pelos desenhos e inscrições, em alemão arcaico
E o rio é logo ali
com as águas irrepreensivelmente límpidas para um momento de rara beleza ao entardecer, antes de voltar para casa, que naquele dia era em Lucerne!…
Fim do décimo quinto dia de viagem!
Olá Gracinda!
Viajei mais um pouco e adorei este passeio! Gostei de conhecer Lucerne!
Interessante o canivete que apresentas.
Obrigada! 🙂
Beijinho
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