3 de agosto de 2017
Passear um pouco pela Suíça é sempre tão pouco!
Mas o meu destino não era aquele, estava apenas numa pequena pausa de passeio por ali e tinha de me contentar com isso e seguir. Por isso daríamos uma volta pelo Bernese Oberland, e seria uma belíssima forma de matar saudades da montanha e do país.

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Acordar com uma paisagem inspiradora, põe qualquer pessoa de boa disposição. Aquela água é um gelo, mas o povo não parecia importa-se e, àquela hora, já havia gente na mais amena cavaqueira enfiado nela como se fosse uma sauna!

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Quando me passeio por sítios assim, o pensamento que me ocorre sempre é que há gente que vive naquele paraíso toda a sua vida!

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Com o lago ali mesmo ao lado da rua, com aquela agua incrivelmente turquesa a inspirar para nunca mais sair dali!

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Making off da foto de uma GTR junto ao lago!
E sim, a minha Negrita cobria-a completamente, são aqueles momentos em que a minha moto é maior que as outras todas, questão de perspetiva! eheheheh

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E eu tinha de aproveitar o facto de ter alguém que me fotografasse para me captar naquele cenário de sonho!

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Andar por ali de moto é tão bonito!

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E fomos subindo para o Grimselpass, como quem vai subindo para o céu!

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As águas que se tornam turquesa em Interlaken são cinzentas e turbas por ali, porque estamos a aproximar-nos do seu glaciar! Lindo!

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Quando se chega lá acima há sempre motos junto ao Tonensee e há um bar onde fomos tomar café. Quase todos os empregados são portugueses e isso chocou-me, porque já la fui tanta vez e nunca me tinha apercebido!
Frequentemente as pessoas falam de que encontram portugueses por todo o lado e eu sempre me surpreendo porque não tenho essa experiência. Ou eles são turistas em bando e falam alto e eu vejo que existem, ou não me lembro de encontrar portugueses por todo o lado como muita gente diz! E de repente andava a encontra-los a torto e a direito! Como era isso possível?
Claro que a resposta foi obvia e imediata!
Quando viajo sozinha não tenho com quem falar português, logo ninguém percebe de onde sou. Como andava sempre a tagarelar com o Filipe as pessoas percebiam facilmente de onde eramos e falavam e brincavam connosco! Básico e adorável, e de repente, havia portugueses por todo o lado!

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Então fomos ao meu cantinho encantado, onde pouca gente vai, junto ao glaciar do Aar e o seu Obeaarsee, percorrendo um dos caminhos de alta montanha mais bonitos que conheço…

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Muita gente que vai até ali, pousa os carros e vai caminhando até ao glaciar, por isso havia carros mas pouca gente, como eu gosto!

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Mas havia gente para pedirmos que nos fizessem uma foto aos dois, nas nossas motos, como o coração do Aar ao fundo.

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Um momento de descontração e de apreciação do penteado que o capacete desenhou na cabeça do Filipe!

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Sim, está lindo, com um carrapito à Tintim em cima e tudo!

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A infinidade de montanhas espantosas em redor com tanta coisa para ver e sentir, quase nos tiram o fôlego!

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Caminhos espantosos!

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Caminhos que estão por todos os lados, de tal maneira se retorcem sobre si próprios de monte em monte!

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E de um Passo de montanha vê-se o outro e o glaciar que iriamos visitar a seguir!

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Por estrada os dois glaciares estão a pouco mais de 12 quilómetros, o que quer dizer que, a direito, a nascente do Rio Aar (que segue para a capital, Berna), e a nascente do Rio Rhône (que segue para Genève), estão tão perto como o nascimento de dois irmãos gémeos!

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“Há muitos anos atrás eu visitei o Glacier du Rhône e há muito tempo que o queria voltar a ver de perto. É sempre uma sensação poderosa, para mim, estar tão perto de um glaciar, como se se tratasse de um vulcão, cheio de vida. Caminhar pelo gelo, que parece mais pedra rija, sentir o seu pulsar debaixo dos pés… Muito mudou aquele gigante, desde a primeira vez que o vi, está bem menor, meio esventrado e o efeito do calor é tão visível! Mas continua tão majestoso e impressionante…”
(in Passeando pela Vida – Facebook)

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E ali em baixo fica a caverna de gelo, que vai sendo protegida do calor e ameaça desaparecer a cada verão!

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Parece que o abominável homem das neves andava por ali!

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E a abominável mulher também!

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Em alguns pontos mais finos, onde o gelo foi escavado par colocar a luz, ele podia assemelhar-se ao gelo dos nossos frigoríficos, mas só aí!

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O gelo do rio não é branco porque a textura petrificada pelos resíduos naturais o faz parecer mais pedra do que gelo e eu conseguia caminhar por cima da crosta rugosa como se de rocha se tratasse!

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E onde ele abre o azul é absoluto!

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E a perspetiva do glaciar é linda…

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Cá fora estamos no Furkapass, com paisagens incríveis sobre o Grimselpass e a sucessão de montes até perder de vista! Sou uma privilegiada e, em tantas vezes que ali passei, sempre tive direito a bom tempo e boa visibilidade, e sempre me encantei!
O Filipe a arranjar a gravata para a nobre foto!

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Claro que fiz a foto da praxe com aminha motita em tão belo enquadramento!

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E aproveitei ter quem me fotografasse para aparecer também! Eu gosto sempre mais das fotos em que não estou em pose.

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O tempo para dentro de mim com uma paisagem assim…

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Depois de uma sequência de estradas em obras, que nos fizeram agradecer a sorte de estarmos em moto, chegamos ao lago dos quatro cantões em perspetivas de fiordes e reflexos quase irreais.

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Lucerna fica a seguir, sempre encantadora, não importa quantas vezes a visite!

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Com as suas coisas especiais para turistas…

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mas também o que de mais genuíno tem de seu!

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Um dia, ao passar à porta daquele bar, fui abordada por um bando de fulanos eufóricos, que fazia algazarra em torno de mim e me oferecia cerveja e eu não entendia nada porque falavam alemão. Só depois percebi que era por eu ser parecida com a fulana que é imagem do bar, uma versão da Penélope!

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Não sei para onde aqueles dois olhavam, mas devia ser algo muito interessante, a considerar pela atenção!

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E as pessoas apreciavam o fim de tarde na margem do Rio Reuss…

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que tem perspetivas espantosas, com os desníveis e represas que mostram a sua cor e pureza.

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Lucerna fascinar-me-á para sempre…

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A perspetiva sobre Samersee é sempre aquela beleza que nos enche o coração no caminho de Lucerne para Interlaken

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Que belo caminho para casa!

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No dia seguinte seguiríamos para o sul da Alemanha…