12. Escandinávia 2017 – de Iseltwald até Nuremberga

4 de agosto de 2017

A cada sitio que a gente pára dá vontade de ficar mais um pouco, mas a excitação de ver o que vem a seguir é sempre o combustível que dá energia e vontade de arrumar tudo nas malas e pôr rodas ao caminho. E o meu caminho seria ainda tão longo, que tudo o que via sabia sempre um pouco a prefácio de algo mais longínquo e mais novo!

E demos mais um passo para norte, que a Escandinávia fica lá para cima!

Uma viagem é feita de moções e, apenas o facto de olhar para uma paisagem com a sensação de ir ficar ali mais um dia, é complemente diferente de olhar para ela ao partir.

Há uma serenidade num lago ao amanhecer, quando não há vento e tudo parece tão quieto, como se as águas fossem sólidas, de espelho, que o ritmo do coração abranda cá dentro e todo o resto do mundo parece afastar-se!
Que coisa linda!

E a aldeia fica ali mesmo, do outro lado da rua, com os chalés de madeira lindíssimos a completar o quadro de perfeita beleza.

Apanhei o meu companheiro de viagem a encolher a barriga para ficar mais elegante na foto.

E logo a seguir fica a cidade, que parece uma aldeia grande, de Interlaken. Aquele ponto onde todos os destinos de ski confluem, já que fica no centro da melhor zona de montanha do país.
Mas no verão é calma e colorida, com o rio Aar a atravessa-la ligando os dois lagos, Brienzersee e Thunersee, que a ladeiam.

E a cor do Aar voltou a fascinar-me, sempre me fascina!

O Filipe à sombra da bananeira… não, à sombra do candeeiro sobre o rio!

Ali no meio é o ponto onde termina Interlaken e começa Unterseen.

Uma localidade de cada lado do rio

A gente tinha parado as motos em Unterseen, logo a seguir ao rio e à ponte, ou antes aos rios e às pontes, já que o Aar de multiplica ali formando uma longa ilha o que dá a sensação de se tornar em vários canais. E as motos ficavam tão bem no ambiente em redor!

Já não sei quantas fotos tirei junto daquelas casas, nem com quantas motos o fiz! E a tradição cumpriu-se de novo!

E seguimos para norte. As paisagens sucedem-se encantadoras e é gratificante seguir atravessando-as. Como eu costumo pensar nestes momentos “que belo dia para passear!”

Então, de repente algo prendeu a atenção. Estávamos numa espécie de xona industrial e havia formas enormes no exterior de um armazém que eu tinha de ver de perto!

Simplesmente WoW!


Tratava-se de um atelier de escultura com materiais reciclados!

Chama-se Recycle Art e ali se fazem esculturas espantosas e únicas, usando peças de automóveis e motos, porcas, parafusos e rodas dentadas, tudo meticulosamente soldado.

E fazem-nas em todas as dimensões, algumas intimidam mesmo pelo seu pormenor, realismo e dimensão!

As esculturas são feitas à mão, de acordo com estudos prévios, depois polidas e lacadas.

E os resultados são verdadeiramente impressionantes!

O Filipe adorou o burro do Shreck, quase aparafusava a língua para ficar mais parecido com ele!

Eu identifiquei-me mais com os monstros, dragões e bicharocos meio monstruosos, devo ser mais monstruosa do que ele, cá no meu intimo!

E eles executam qualquer escultura de reciclagem sob encomenda, através de fotos ou desenhos desde veículos, animais, figuras fantásticas ou móveis. ADOREI!

Havia um carro em dimensão real pronto para ser entregue. Era impressionante!

Às vezes as coisas acontecem assim, numa viagem, a gente fica imenso tempo a ver o que não estava previsto e passa ao lado do que previra! E foi assim com Baden, olhamos para ela lá de cima da rua, mas a vontade de descer e ir ver de perto não era nenhuma, por isso ficamos com registos gerais, até voltarmos a passar com vontade de explorar!

Eram os últimos registos da Suíça, antes de entrar mos na Alemanha e o tempo estava a ameaçar dar-nos uma molha. Parece que vai ser sempre assim, quando entrar na Alemanha com o Filipe! Claro que a culpa era toda dele, já que no ano passado, quando me acompanhou até Estugarda, também apanhamos uma molha ao entrar no país!

A minha esperança era que ele levasse a chuva com ele quando nos separássemos, tal como fez noa ano passado, quando andou a nadar pela França, enquanto eu me deliciava com o sol dos países de leste.

Sinto-me sempre um embrulho quando visto toda a tralha de chuva!

E chegamos a Schwäbisch Gmünd. Uma cidade tão encantadora quanto uma cidade medieval alemã pode ser.

Há algumas construções religiosas por ali que eu gostava de visitar por dentro, como a igreja Românica Johanniskirche, mas não eram já horas de visitas, por isso só restava ver por fora e apreciar as fontes pintadas nas praças…

e a casas com pinturas no exterior, que sempre me fascinam!

Bem no coração da praça do mercado havia uma praia de areia montada para a miudagem brincar.

Um ambiente divertido que despertava a curiosidade a qualquer menino!

E as casinhas em redor são tão antigas e bonitinhas que tornam cada rua um cartão postal

Em redor da catedral, parece que se anda mesmo para trás no tempo!

A Heilig-Kreuz-Münster – Catedral da Santa Cruz – estava aberta para um concerto, por isso os banais mortais não podiam entrar! Uma pena porque, a considerar pelo seu aspeto exterior, deve ser linda, como todas as construções góticas o são!

E havia pequenos pormenores bem mais modernos curiosos e divertidos para explorar pela cidade

Mas os sofás cor de laranja fascinaram-me!

Que bem fica o preto sobre laranja!

Quando chegamos a Nuremberga estava a noitecer. O centro histórico é grande e fascinante, no dia seguinte teríamos de explorar aquilo tudo mas, para já, a urgência era mesmo ir comer!

Hora de parar e descansar e comer, antes que fosse tarde demais e tivéssemos de ir dormir de barriga vazia!

Aquino era tudo vontade de comer mesmo!

Amanhã estaremos ainda em Nuremberga, porque há algumas coisas bonitas que quero ver por ali…

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