37. Passeando pelos Balcãs… – Até Genève passando pelo Gottardpass!

29 de agosto de 2013

Mais um passo longo na minha viagem a caminho de casa! Naquele dia eu atravessaria a Suíça para ir até Genève…

Eu iria fazer estradas já tão conhecidas, algumas que já fizera no ano passado, mas mesmo assim sentia-me tão entusiasmada como se não passasse no país há tempos!

Já perdi a conta das vezes que visitei ou passei na Suíça, mas tento sempre fazer coisas diferentes, dedicar minha atenção a pormenores mais distantes e foi o que voltei a fazer este ano! E por isso, embora tenha dedicado boa parte da minha viagem do ano passado ao país, sentia-me impaciente por lá voltar…

Tracei o meu caminho no mapa e fiz-me à estrada!

Claro que tomei o caminho da montanha, embora por ali todos os caminhos sejam de montanha, mas antes ainda dei uma voltinha pela terra que me acolhera, aproveitando o sol para ter uma perspetiva diferente do que vira no dia anterior!

Com sol tudo consegue ser ainda mais encantador!

A igrejinha da aldeia parecia de brincar e até o pequeno cemitério ao lado parecia mais um jardim de bonecas…

As tabuletas a receber os motards estão por ali!

E seguindo a ruínha de montanha o deslumbramento começa logo a seguir, por paisagens que no dia anterior estavam meio encobertas pelas nuvens, mas que com sol eram um encanto!

Oh a vaquinha!

É sabido que eu stresso com vacas, sobretudo quando elas se põem a olhar para mim fixamente!

Mas perece que por ali é a terra das vacas! Estava em Silz, onde as pistas de ski estão por todos os lado e as vacas parecem ser rainhas!

Pelo menos elas estão por todos os lados também e em todas as cores!

Depois é a descida, com paisagens de cortar a respiração!

Os sinais que eu esperava começaram a aparecer no chão! Oh, aquele CH tornou-me impaciente!

Estava a entrar no Liechtenstein, o 4º país mais pequeno da Europa depois do Vaticano, do Mónaco e de San Marino! Cheguei à conclusão que, dos 10 países menores da Europa só me falta visitar Malta, Chipre e o Kososvo! E qualquer um deles está na minha mira faz tempo…

Entra-se no Liechtenstein como se fosse na Suíça e tem-se a sensação de que o país é o mesmo o tempo todo!

Eu já lá tinha estado, sempre na paz e sossego de um ambiente sereno, mas, desta vez, Vaduz estava cheio de turistas, de arranca-e-pára e de obras e sei lá mais o quê!

Ainda fui até perto do castelo, que ainda não visitei, mas estava tudo sob controle, com direito a estacionar a moto longe e caminhar para caramba para a visita. Não me apeteceu nada, por isso dei meia volta e pus-me a andar!

Deixei Vaduz para trás com toda a confusão e segui para Blazers, uma cidadezinha com um castelinho no topo de uma colina, porque o Liechtensterin não é só Vaduz!

„No sul de Liechtenstein fica a vila de Balzers, com o seu castelinho medieval do séc. XII empoleirado numa pequena colina que sobressai do longo vale que segue até Vaduz. O castelo de Gutenberg esteve em ruinas por muitos séculos até que foi restaurado no início do século passado e desde então permanece lindo e imponente, do alto do seu morro. O principado é muito pequeno, apenas com 160km², e habituamo-nos à ideia que se reduz apenas à sua capital, mas há outras vilazinhas e aldeias por ali, naquele que é um dos países mais ricos do mundo! Cada vez que atravesso o país fico com a sensação de que não sai da Suíça, ou que ainda estou na Áustria, de tão pequeno que é e tão parecido com os países que o rodeiam. Ainda não lhe descobri todos os recantos e encantos, que são alguns, dado que os Alpes estão por todos os lados e as paisagens são deslumbrantes em seu redor!“

Quem o vê ali em cima não imagina que está tão perto da rua e das casas, que o têm como paisagens privilegiada!

A igrejinha é logo ao lado, com uma torre sugestiva!

Estive por ali sentada. Há momentos em que dá uma nostalgia, quando páro e me apercebo que tudo estará a chegar ao fim em poucos dias e depois a vida será como sempre foi cada vez com menos margem de manobra. Então eu tento a todo o custo captar tudo o que me rodeia, desde paisagens até emoções e sensações, porque sei que elas ficarão por muito tempo alimentado o meu imaginário em dias mais nostálgicos!

e entrei na Suíça…

Há uma série de quilómetros que eu deixara de olhar para o meu pneu da frente… eu sabia que ele estava no fim e não queria, não podia pensar muito nele ou não conseguiria conduzir direito! Eu andava a poupa-lo há tempo demais, não o queria mudar num pais desconhecido e decidira que ele teria de chegar a Genève, onde há gente que eu conheço e trata bem as minhas motitas….

E parece que as estradas conspiravam contra mim! Obras e mais obras!

Fiz um amigo que me acompanhou por boa parte do percurso!

Aproveitei que andava pelos Alpes para gastar os pneus nas bordas, só faltou andar com a moto inclinada para não gastar mais no meio! 😀

Há tabuletas muito originais por ali! Dizia aquela que eu estava a passar pela Selva!

Voltei a passar pelo Oberalppass, que é aquele que fica sempre no caminho de quem vem da Áustria e atravessa o país! Acho que o faço quase todas as vezes que vou à Suíça!

Ele vai engrenar no Furkapass, ao fundo do vale, mas no meio há uma saida para um outro passo que eu não fazia há alguns anos….

o Gottardpass!

“ No ano passado, ao passear pela Suíça, não passei no Gotthardpass, mas falei nele como um dos Passos de montanha do meu coração e várias pessoas perguntaram porquê! Pois bem, porque é lindo, é antigo e o pavimento em paralelo! Não se corre por ali, desenha-se um bailado exigente, entre a condução equilibrada e segura e o movimento de rins! Ao lado está a nova estrada alcatroada, que permite fazer o caminho rapidamente e, sobretudo, permite ver toda a beleza do Passo. Passear por ali é sempre um prazer!”

E lá estava ele, lindo, serpenteante e a pedir para ser trilhado!

O GPS mostrava o seu desenho e era muito criativo!

Parei no topo com a mesma sensação de sempre, de que a rua andava por todo o lado! Aos anos que eu não passava ai!

Lá em cima fica a estrada nova, com vista panorâmica para o velho passo!

E comecei a descida. A meio estava uma série de motas paradas com os respetivos tripulantes em magotes por perto. Bateram-me palmas quando passei!

A dada altura olha-se para cima e a estrada desaparece em muros que são quase varandas, por ali acima!

Sim, andei ali para cima e para baixo porque da primeira descida parei tantas vezes para fotografar que voltei para fazer a coisa bem feita depois!

Quando me perguntam qual a diferença entre fazer um daqueles passos de montanha e fazer as nossas estradas cheias de curvas também… para além da quantidade de curvas alucinantes alinhadas num passo daqueles, uma das grandes diferenças é o deslumbramento da paisagem dos Alpes que é sempre exuberante!

Então voltei para trás pela estrada nova para poder apreciar o passo em toda a sua dimensão e encanto!

É sem dúvida um dos passos mais bonitos que conheço!

O topo do passo tem, como sempre, um ponto de acolhimento, o Hospice do Gotthard e o National St. Gotthard Museum

Mas eu já não visitaria mais nada, agora a minha pressa era chegar a Genève e a minha aflição… era conseguir chegar mesmo sem nenhum percalço no pneu….

E eu ainda tinha de fazer muita montanha, por isso fui aproveitando para queimar pneu nos lados!

Do Furkapass via-se o Grimselpass… como ele estava diferente este ano!

Ali ao lado a nascente do Ródano… que eu tenho de visitar numa próxima oportunidade!

E a famosa curva suspensa que carateriza o Furkapass!

A gente vai andando e vendo o que deixou para trás, estradas que sobem montanhas são visíveis de muito longe!

O Grimselpass visto cá de baixo, mais uma filinha de muros que encobre uma estrada muito interessante de fazer!

Nesta altura eu já não queria saber de mais nada senão chegar a casa…. Queria parar a moto e so voltar a pegar-lhe quando tivesse pneu novo!

E assim foi… cheguei em paz a casa, que naquele dia era em Genève!

E foi o fim do 31º dia de viagem

36. Passeando pelos Balcãs… – De regresso ao Tirol!

28 de agosto de 2013 – continuação

Ainda teria tempo de ir mais longe um pouco. A vantagem do verão é que os dias nunca mais acabam e, embora parecesse já tarde, ainda nem 2.00 horas eram, apenas as nuvens estavam baixas, o que fazia parecer fim de tarde!

Por isso peguei na moto e fui até Füssen, uma terrinha muito bonita e famosa por ter em seus domínios vários castelos, entre eles um muito famoso!

A cidadezinha é encantadora e estava cheia de gente gira, calma e apreciadora dos encantos do local, como eu gosto!

A terra dos violinos, a maior da Baviera, com direito a castelinho seu, e basílica, e rio e tudo!
Wagner passou na cidade…

Direito a chocolates bonitos também, até apetecia provar… se eu gostasse!

Oh, e casinhas deliciosas, em cores inspiradoras!

O seu castelinho ficava logo ali acima…

Eu achei que ele deveria ser interessante por dentro… mas não me apeteceu visita-lo! Apenas o olhei cá de baixo, numa viagem grande a gente simplesmente não pode ambicionar visitar tudo!

Preferi sentar-me numa esplanada cheia de gente, com um sol inspirador a aquecer-me a alma, juntamente com um delicioso café com nome português! Sim, nesta viagem tomei diversos cafés deliciosos! Será que a Europa está, finalmente, a aprender a apreciar café de jeito?

Tudo se passava naquela praça e não apetecia sair dali!

Na outra ponta da rua que desembocava na praça, estava a minha motita estacionada, logo depois de uma fonte inspiradora, com miúdos de bronze a brincar com a água!

Logo à frente fica o castelo mais famoso do lugar: o Schloss Neuschwanstein.

Ali ao lado há outro, mas não tem o mesmo protagonismo, o Schloss Hohenschwangau. É um castelo do séc. XIX, onde viveu o Rei Ludwig II da Baviera, sim, o mesmo que construiu o Schloss Neuschwanstein!

Lá estava ele ao fundo, o Schloss Neuschwanstein por ele eu fora ali!

Uma pena não poder ir até lá acima na moto… tive de a deixar no parque junto das outras.

Não me apetecia nada subir aquilo tudo a pé até ao topo! A paisagem é bonita mas entrando nas zonas das árvores nada se vê, apenas se caminha subindo e isso não é de todo o que mais gosto de fazer!

Por isso apanhei uma tipoia e lá fui por ali acima ao som dos cascos dos cavalos!

O castelo é imponente de perto mas seguramente muito mais belo apreciado de longe!

As paisagens que o rodeiam são fascinantes e muito mais inspiradoras para um castelo do Drácula do que as do castelo de Bran!

E as perspetivas do castelo a partir dali também eram sugestivas!

Na entrada pode-se ver o enorme busto de Ludwig II, o louco que afinal trouxe tanta coisa à Baviera, entre arte e arquitetura e riqueza, embora houvesse tanto medo que ele levasse o pais à ruina quando o depuseram por insanidade e o mataram….

Pois… a fila para visitar o castelo estava para demorar mais de 2 horas, dizia a senhora da bilheteira… mas nem era preciso muitas explicações, bastava apreciar a feira de gente que se acumulava em filas infinitas junto dos torniquetes para entrar!

“Ao tempo que eu andava para visitar o Schloss Neuschwanstein! Hoje chego lá e tinha uma fila de 2 horas de espera! Valha-me Deus! A culpa toda foi das coisas lindas que fui explorando pelo caminho e que me fizeram chegar lá tão tarde! É que o Tirol sempre me “distrai” do meu caminho e não lamento nada o tempo que gastei a passear pelas suas montanhas deslumbrantes! Aquele castelo foi obra de um “louco”, Luís II da Baviera, e inspirou o castelo da Bela Adormecida da Disney. Claro que não o visitei, não iria esperar 2 horas para voltar para Innsbruck de noite com uma luz da moto fundida … vou ter de lá voltar com mais tempo um dia destes!”

Andei por ali a passear… claro que me sentia frustrada, deveria ter começado indo ali direta e no regresso ver o resto…

Claro que me vinguei e fiz uma pequena série de desenhos do exterior do castelo! “Já que não visito desenho!”

O “contraluz” dava um ar misterioso ao castelo e eu não conseguia para de brincar com isso!

E lá em baixo a planície inspiradora…

Decidi descer o monte a pé, dizem que para baixo todos os santos ajudam e depois poderia captar mais umas perspetivas da construção!

E por fim fui vê-lo lá de baixo. As vezes que eu parei a moto para o fotografar!

Atrás de mim ficava o Schloss Hohenschwangau ao longe.

E voltei para Innsbruck, por caminhos diferentes, regressando ao belo Tirol!

“O Tirol sempre me enche de espanto, com as suas montanhas extraordinárias e estradas serpenteantes e lagos quase artificialmente verdes!

Biberwier é um dos recantos encantadores daquelas montanhas, onde a gente pára um pouco para descansar o corpo e acaba por descansar também a vista e a mente, porque o mais insignificante recanto tem como paisagem a imagem do paraíso.”

Parei e fiquei ali, deslumbrada, com a máquina fotográfica na mão, consciente de que ela nunca captaria o que os meus olhos viam! Desenhei também, mas nada se aproxima do que senti!

E fui encontrar uma capela já minha conhecida!

As vezes que eu já passei por ela!

Desta vez parei a moto e fui vê-la de perto! É no mínimo original!

Tem um Cristo feiinho lá dentro mas está muita arranjadinha e é muito bonita!

Encostado a ela tem um banco corrido onde a gente se pode sentar e apreciar esta magnifica paisagem, com a minha Ninfa lá ao findo junto à estrada!

A forma da capela é mesmo curiosa!

E por trás tem um Santo António com o menino às costas! Ou será o São João?! São Francisco, não?

E fui para casa que naquele dia ainda seria em Innsbruk, mais propriamente me Gries, no meu hotelzinho tão mimi, onde me trataram como uma princesa, com direito a jantar caprichado e uma cervejola de litro (parecia pelo menos).

E foi o fim do 30º dia de viagem…

35. Passeando pelos Balcãs… – Um pequeno passeio até à Baviera!

27 de agosto de 2013

Innsbruck era uma cidade que despertava em mim todo o tipo de sentimentos!

A cada vez que a visitei, grandes temporais me acompanharam, chuva, vento, frio e visibilidade nula! Parece que tudo conspirou sempre para me ocultar os encantos de uma bela cidade, que se foi tornando misteriosa pelo clima que a envolvia!

E de manhã… lá estava tudo molhado e a chuvinha do costume à minha espera para me dar uma molha!

Apreciei com calma o hotelzinho tão bonitinho e simpático, e um pequeno-almoço monumental, como eu gosto!

Quando chove eu fico sempre sem saber muito bem o que fazer! Claro que posso sair e passear, a chuva nunca me assustou ou perturbou a condução, mas não posso fotografar!

Decidi dar uma voltinha por ali perto e depois ir para a cidade passar o resto do dia. Não valeria a pena andar de um lado para o outro com o céu tão baixo e tão húmido que nada deixava apreciar. Assim visitaria a cidade em pormenor, veria museus, exposições e tudo o que implicasse andar protegida da chuva e do frio, e pronto!

Eu estava na montanha a vinte e poucos quilómetros de Innsbruck, por isso não havia mau tempo que me impedisse de ver um pouco do sítio onde estava, que aquilo é bonito! Afinal é o Tirol! Por ali todos os hotéis dão as boas vindas aos motociclistas, incluindo o meu! Lindo!

Pus a máquina fotográfica ao bolso e subi a montanha. Logo ali acima ficava uma terra com um nome muito giro! Como eu não sei alemão pus-me a tentar traduções: “Alto da Peida”, ou “Alta Peida”

Escrevia eu no meu Face naquele dia: “Ontem cheguei aqui, perto de Innsbruck, de noite! Sem uma luz na moto, debaixo de chuva, por uma estrada que brilhava de água e serpenteava pelo monte acima, foi uma aventura! Hoje de manhã ainda chovia um pouco, mas fui “reconhecer” o local onde estou e descobri que estou perto de uma terrinha com um nome giríssimo! Como não sei alemão leio Alto da Peida! Eheheheh”

Mas a verdade é que por ali tudo é lindo, mesmo com chuva e nuvens baixas! Tive de arriscar e pôr de novo a maquina ao peito para ir captando todos os encantos possíveis!

Mesmo ao lado da estrada o riacho mais fofo! Estava a ver quando passava a Heidi por ali a correr!

E desci até Innsbruck, antes que a chuva e a humidade dessem cado da minha máquina fotográfica!

Lá estava ela como eu a conheci sempre: cheia de chuva!

“Rai’s-parta isto! Vou ter de cá voltar tantas vezes quantas as necessárias até apanhar um pouco de sol?”

Mas a cidade é sempre encantadora, mesmo cheia de chuva!

A Herzog-Friedrich-Straße, é o centro cidade antiga onde ficam construções muito bonitas, algumas autenticamente bordadas a cor e relevo, como a Helblinghaus!

E como o tempo estava uma bosta fui-me enfiar na casa dos licores! Que coisa linda, para além de saborosa!

Sim, aquilo bebe-se tudo!

Por esta altura eu já mudara de botas pois as outras tinham as solas gastas e metiam água!

E a dada altura lá estava a catedral da cidade, a Dom zu St Jakob do séc. XVIII! O barroco não é o estilo que eu mais aprecio, mas um magnífico teto pintado nunca me deixa indiferente e aquele é de me pôr definitivamente de nariz no ar! Não é por acaso que aquela catedral é um dos mais extraordinários e importantes edifícios de todo o Tirol!

Se por fora a igreja não é nada de especial, apenas mais uma construção barroca, por dentro os tetos são deslumbrantes!

Nem sei quanto tempo fiquei ali a olhar “para o balão”!

Quando finalmente saí o tempo parecia querer melhorar a qualquer momento! Que bom!

Voltei à Herzog-Friedrich-Straße, onde toda a gente começava a acreditar que o sol viria!

Eu acho que já vi esta fulana mais o seu cãozinho noutras cidades da Europa! Ou teria sido ali mesmo?

E subi à torre do relógio! Eu tinha de ver aquilo tudo lá de cima!

Que pena eu tive de não ver os Alpes dali, como seria suposto, não fossem as nuvens baixas…

Fui tratar de comer. Tinha de decidir o que fazer, porque afinal o sol viera e eu podia dar uma volta pela redondeza em vez de ficar ali todo o dia!

Decidi passear, fui buscar a moto, que ficara na margem do rio Inn, aquele que dá o nome à cidade e que tem uma paisagem muito bonita do outro lado, mas que nada se via, apenas as casinhas giras e coloridas!

A Alemanha é ali ao lado e foi para lá que fui passear, havia umas terrinhas que eu tinha muita curiosidade de visitar por ali.

No caminho da fronteira encontrei uma Motorrad Classica! Coisa fota!

Parei a minha motita na berma da estrada e fiquei ali no paleio com uns senhores que me fizeram uma festa! A assombração foi total quando me perguntaram de onde eu vinha e eu nem sabia responder: “Me? I’m coming from everywhere!” brinquei, então fiz uma rápida lista de onde eu vinha enquanto eles contavam pelos dedos os 17 países que eu acabava de visitar.

Tão engraçadas as suas expressões!
E segui para o 18º país da viagem: a Alemanha!

Mittenwald fica logo a seguir!

Eu sei que Garmich-Partenkirchen é muito mais conhecida pelas suas casas pintadas, mas Mittenwald, que pertence ao seu distrito, despertou-me muito o interesse e foi a ela que eu dediquei mais tempo e atenção! E foi a decisão certa pois é mais encantadora!

A cidadezinha é um encanto, com casinhas pequenas, jardins e flores em todos os caminhos e as pinturas em todas as fachadas!

Os pormenores das pinturas são espantosos! Não são nada obra de amadores ou simples habilidosos! Quem pinta daquela maneira sabe o que faz!

Perdi-me por ali em milhões de fotos!

As ruas estavam cheias de gente, mas num ambiente calmo, nada que se parecesse com o clima frenético dos turistas ruidosos!

E eu sentia-me a passear pelas folhas de um livro de histórias de encantar!

Ao fundo a igreja despertou a minha atenção, se se pintam as casas por fora daquela maneira, como se pintará a igreja por dentro? Claro que fui ver!

Aquele teto era um pequeno deslumbramento!

Não sei o tempo que fiquei por ali a passear, mas lá decidi ir visitar Garmich-Partenkirchen, que também fazia parte dos meus planos.

Aquelas ruínhas eram deliciosas, não pude impedir-me de passear mais um pouco com a moto por elas… pronto, ok, eu sei que é interdito ao trânsito, mas eu queria mostrar aquela beleza à minha Ninfa!

A paisagem envolvente é apenas a imagem do paraíso, mesmo com as nuvens a tapar boa parte dos seus encantos!

E chega-se a Garmisch-Partenkirchen que deve o seu nome à junção de duas cidades antigas Garmisch e Partenkirchen, hoje permanece uma cidade cheia de encanto, com as suas casas pintadas como telas de museu em cenas que contam histórias desde contos locais até cenas religiosas, de uma forma extraordinária!

Frequentemente existem inscrições, dizem que elas contam a origem da casa ou a sua função, eu não conseguiria ler para entender! Mas encantei-me com muitas delas, espreitei pelas suas portas e quis entrar. Tudo parece lindo por ali, numa zona de montanha e neve a desportos de inverno.

Tudo parece lindo por ali, numa zona de montanha e neve a desportos de inverno.

Gostava de poder estar lá em época de Natal e apreciar a atmosfera que aquele ambiente deverá proporcionar por esses dias…

Eu sei que por ali tudo é lindo, por isso estava na hora de seguir mais um pouco para outra localidade encantadora!

(continua)