28 de agosto de 2013 – continuação
Ainda teria tempo de ir mais longe um pouco. A vantagem do verão é que os dias nunca mais acabam e, embora parecesse já tarde, ainda nem 2.00 horas eram, apenas as nuvens estavam baixas, o que fazia parecer fim de tarde!
Por isso peguei na moto e fui até Füssen, uma terrinha muito bonita e famosa por ter em seus domínios vários castelos, entre eles um muito famoso!
A cidadezinha é encantadora e estava cheia de gente gira, calma e apreciadora dos encantos do local, como eu gosto!
A terra dos violinos, a maior da Baviera, com direito a castelinho seu, e basílica, e rio e tudo!
Wagner passou na cidade…
Direito a chocolates bonitos também, até apetecia provar… se eu gostasse!
Oh, e casinhas deliciosas, em cores inspiradoras!
O seu castelinho ficava logo ali acima…
Eu achei que ele deveria ser interessante por dentro… mas não me apeteceu visita-lo! Apenas o olhei cá de baixo, numa viagem grande a gente simplesmente não pode ambicionar visitar tudo!
Preferi sentar-me numa esplanada cheia de gente, com um sol inspirador a aquecer-me a alma, juntamente com um delicioso café com nome português! Sim, nesta viagem tomei diversos cafés deliciosos! Será que a Europa está, finalmente, a aprender a apreciar café de jeito?
Tudo se passava naquela praça e não apetecia sair dali!
Na outra ponta da rua que desembocava na praça, estava a minha motita estacionada, logo depois de uma fonte inspiradora, com miúdos de bronze a brincar com a água!
Logo à frente fica o castelo mais famoso do lugar: o Schloss Neuschwanstein.
Ali ao lado há outro, mas não tem o mesmo protagonismo, o Schloss Hohenschwangau. É um castelo do séc. XIX, onde viveu o Rei Ludwig II da Baviera, sim, o mesmo que construiu o Schloss Neuschwanstein!
Lá estava ele ao fundo, o Schloss Neuschwanstein por ele eu fora ali!
Uma pena não poder ir até lá acima na moto… tive de a deixar no parque junto das outras.
Não me apetecia nada subir aquilo tudo a pé até ao topo! A paisagem é bonita mas entrando nas zonas das árvores nada se vê, apenas se caminha subindo e isso não é de todo o que mais gosto de fazer!
Por isso apanhei uma tipoia e lá fui por ali acima ao som dos cascos dos cavalos!
O castelo é imponente de perto mas seguramente muito mais belo apreciado de longe!
As paisagens que o rodeiam são fascinantes e muito mais inspiradoras para um castelo do Drácula do que as do castelo de Bran!
E as perspetivas do castelo a partir dali também eram sugestivas!
Na entrada pode-se ver o enorme busto de Ludwig II, o louco que afinal trouxe tanta coisa à Baviera, entre arte e arquitetura e riqueza, embora houvesse tanto medo que ele levasse o pais à ruina quando o depuseram por insanidade e o mataram….
Pois… a fila para visitar o castelo estava para demorar mais de 2 horas, dizia a senhora da bilheteira… mas nem era preciso muitas explicações, bastava apreciar a feira de gente que se acumulava em filas infinitas junto dos torniquetes para entrar!
“Ao tempo que eu andava para visitar o Schloss Neuschwanstein! Hoje chego lá e tinha uma fila de 2 horas de espera! Valha-me Deus! A culpa toda foi das coisas lindas que fui explorando pelo caminho e que me fizeram chegar lá tão tarde! É que o Tirol sempre me “distrai” do meu caminho e não lamento nada o tempo que gastei a passear pelas suas montanhas deslumbrantes! Aquele castelo foi obra de um “louco”, Luís II da Baviera, e inspirou o castelo da Bela Adormecida da Disney. Claro que não o visitei, não iria esperar 2 horas para voltar para Innsbruck de noite com uma luz da moto fundida … vou ter de lá voltar com mais tempo um dia destes!”
Andei por ali a passear… claro que me sentia frustrada, deveria ter começado indo ali direta e no regresso ver o resto…
Claro que me vinguei e fiz uma pequena série de desenhos do exterior do castelo! “Já que não visito desenho!”
O “contraluz” dava um ar misterioso ao castelo e eu não conseguia para de brincar com isso!
E lá em baixo a planície inspiradora…
Decidi descer o monte a pé, dizem que para baixo todos os santos ajudam e depois poderia captar mais umas perspetivas da construção!
E por fim fui vê-lo lá de baixo. As vezes que eu parei a moto para o fotografar!
Atrás de mim ficava o Schloss Hohenschwangau ao longe.
E voltei para Innsbruck, por caminhos diferentes, regressando ao belo Tirol!
“O Tirol sempre me enche de espanto, com as suas montanhas extraordinárias e estradas serpenteantes e lagos quase artificialmente verdes!
Biberwier é um dos recantos encantadores daquelas montanhas, onde a gente pára um pouco para descansar o corpo e acaba por descansar também a vista e a mente, porque o mais insignificante recanto tem como paisagem a imagem do paraíso.”
Parei e fiquei ali, deslumbrada, com a máquina fotográfica na mão, consciente de que ela nunca captaria o que os meus olhos viam! Desenhei também, mas nada se aproxima do que senti!
E fui encontrar uma capela já minha conhecida!
As vezes que eu já passei por ela!
Desta vez parei a moto e fui vê-la de perto! É no mínimo original!
Tem um Cristo feiinho lá dentro mas está muita arranjadinha e é muito bonita!
Encostado a ela tem um banco corrido onde a gente se pode sentar e apreciar esta magnifica paisagem, com a minha Ninfa lá ao findo junto à estrada!
A forma da capela é mesmo curiosa!
E por trás tem um Santo António com o menino às costas! Ou será o São João?! São Francisco, não?
E fui para casa que naquele dia ainda seria em Innsbruk, mais propriamente me Gries, no meu hotelzinho tão mimi, onde me trataram como uma princesa, com direito a jantar caprichado e uma cervejola de litro (parecia pelo menos).
E foi o fim do 30º dia de viagem…
Adorei!! 🙂
Obrigada!
Sou o senhor que nasceu em Chur Suiça ,que nos encontremos na Trofa!! Adorei 800.000* 😉
Olá!
Foi um prazer conhece-lo!
É, estou a chegar aos 800.000 km… espero que os próximos 800.000 sejam tão gratificantes quanto foram estes! 😉