19. Passeando pelos Balcãs… – De Dubrovnik até Kotor…

14 de agosto de 2013

Este seria o dia de explorar um pouco de um novo país na minha história: Montenegro!

Mas antes de seguir para qualquer lado fui visitar Dubrovnik de dia! O mesmo lugar de estacionamento da noite anterior estava à minha espera, foi só parar e seguir caminhando!

Gostei particularmente das ruínhas que descem quase a pique, com escadinhas e lampiões em todo o seu cumprimento, até ao centro da cidade, até à Stradun.

Apetece mesmo capta-las em ambos os sentidos a todo o momento!

A igreja de São Brás estava de novo aberta… ou estaria ainda aberta?
Esta igreja barroca, do séc. XVIII, é muito importante e muito visitada, pois é dedicada ao padroeiro da cidade!

O porto estava tão bonito àquela hora da manhã!

Pensar que a cidade foi profundamente afetada pelo conflito da separação da ex-Jugoslávia! Foi cercada e bombardeada pelo exército da Sérvia & Montenegro, uma calamidade que foi muito bem recuperada e apagadas as suas feridas!

Na realidade os montenegrinos não queriam que a cidade ficasse com a Croácia, já que a consideravam historicamente sua, mesmo sendo a sua população maioritariamente croata e nem sequer ter muitos montenegrinos residentes! Coisa de sonhos de impérios grandiosos, mesmo que à força, e contra tudo e contra todos!

Estava muito calor já e eu não resisti aos meus desejos de momento e, tirando as botas, sentei-me num degrau do cais com os pés dentro da água transparente e fresquinha! Os turistas que se amontoavam para entrar nos barcos que fazem visitas na zona, ficaram a olhar para mim, com vontade de fazer o mesmo. Um velhote ainda fez menção de tirar os sapatos mas o piloto do barco veio busca-lo para partirem! Eheheh

Depois foi passear por ali, apreciando pormenores de uma cidade pavimentada e construída em pedra calcárica!

Como será caminhar por ali em tempo de chuva? Não será demasiado escorregadio?

A torre do relógio, medieval, parecia iluminada pelos céus!

E dava gosto apreciar a longa avenida sem os magotes de turista do dia anterior!

As ruínhas laterais pareciam chinocas de tanto lampião por ali acima!

As perspetivas lá de cima da estrada são fantásticas! Ficou marcada uma nova visita mas, da próxima vez, para demorar-me por ali, ficar, dormir e visitar em pormenor!

E experimentar aquelas praias de águas transparentes e deslumbrantes!

Este era o 3º mar que eu visitava naquela viagem, embora fossem todos Mediterrâneo, para além dele passara pelo Mar Lígure, na ribiera italiana, e agora no mar Adriático! Ao todo, certamente fiz 7 mares, digo eu!

Dubrovnik ficava para trás à medida que eu me aproximava de Montenegro.

A entrada em Montenegro foi rodeada por ciprestes! Será que os marinheiros croatas foram plantando os tais 100 ciprestes por cada um, até Montenegro?

Não houve qualquer dificuldade em passar a fronteira, apenas havia fila! Os habitantes de ambos os países cruzam a fronteira facilmente, mas havia também muitos alemães e italianos.

Então cheguei a um ferry! Eu sabia que havia caminho por terra mas apetecia-me tanto atravessar o mar! Dava a sensação que seria tão fresco andar por cima da água que eu fui perguntar a um dos policias controladores do trafego para o cais, como devia fazer para atravessar sem dinheiro!

“Não tens nenhum dinheiro?” – perguntou ele.

“Não tenho dinheiro do vosso!” – respondi

“Então que dinheiro tens?” – ele punha as mãos nas ancas e olhava para mim à espera que eu dissesse uma moeda qualquer esquisita, afinal eu vinha a Croácia e eles conhecem a sua moeda!

“Eu tenho euros!” – enfiei as mãos nos bolsos e mostrei 20€

“Mas aqui é euros!!” – exclamou ele espantado.

Bolas senti-me mesmo burra! Então eu fiz o trabalho de casa e não me lembrava mais que Montenegro, embora não faça parte da zona euro adotou a nossa moeda!

Siga para bingo e a minha motita fez sensação entre carros e bicicletas. Uma senhora de alguma idade veio pedir-me para tirar me uma foto junto da moto, depois a nós as duas mais a moto. Quando dei por mim toda a gente no barco olhava para mim e para a moto!

A baía de Kotor é um espanto que eu queria apreciar de todos os ângulos!

Kotor é encantadora, com um porto natural e toda uma baia em seu redor, como uma imensa piscina de tão calmas e belas são as suas águas!

Fui visitar a vila que é muralhada e é património da Humanidade!

Na realidade parece uma terrinha de brincar, com ruínhas estreitas e praças encantadoras que parecem ter sido decoradas para turista ver!

A igreja de São Lucas, fica ali no meio e, curiosamente, já foi de culto compartilhado entre ortodoxos e católicos, embora atualmente só se realizem ali celebrações ortodoxas.

Logo à frente fica a Igreja Ortodoxa Servia de São Nicolau.

Almocei ali, ao lado da catedral, umas lulas grelhadas deliciosas, com cerveja montenegrina 5 estrelas!

Para depois continuar as minhas explorações dos recantos e ruelas que eu tanto aprecio!

Achei um piadão à corda de estender a roupa, com roupa gigante pendurada com molas igualmente gigantes, na torre sineira da igreja de Santa Maria!

E ali ao lado fica uma das portas da cidadela, a Porta do Rio, ou Porta do Norte, do séc. XVI, com o rio a parecer falso de tão intensa que é a sua cor!

Passei por uma “estrela” de gato que posava placidamente para uma série de turistas que se aplicavam a sério para lhe apanhar o melhor ângulo!

A catedral de São Trifon é um edifício românico do séc. XII muito curioso! As suas torres são diferentes porque ela foi muito danificada por um terramoto no séc. XVII e, não havendo dinheiro para a restaurar completamente, foi feito o possível. Mais tarde voltou a passar por um outro terramoto, nos anos 70 do século passado, mas desta vez foi recuperada tal e qual era!

Por dentro ela é em tons de vermelho e salmão, em efeitos muito curiosos!

Pode-se visitar o tesouro que fica no andar de cima com acesso à varanda, de onde se vê toda a praça!

E fui deambulando por ruelas onde os turistas não se metiam, gosto de ver tudo o que puder sozinha!

E voltei à Trg od Oruzia, a Praça das Armas onde tudo se passa e de onde muita gente parecia não querer sair!

Aquele relógio tem 4 séculos!

E fui passear pela baía…

A Baia de Kotor é um deslumbramento em todos os ângulos que a observemos! Chamam-lhe Bocas de Cattaro ou Bocas de Kotor, ou ainda a Baía de Cátaro. Curioso como há nomes por ali que se assemelham aos daqui! Claro que me lembrei logo do país dos Cátaros, no sul de França! Será que tem algo a ver? Certamente que não, mas não deixa de ser curiosa a semelhança.

Ao contrario das paisagens que estamos habituados por aqui, em que depois do mar vem a praia, onde ele rebenta estendendo-se pela areia, ali há o mar e os fiordes por vezes profundamente vertiginosos, criando paisagens de extraordinária beleza!

Passeei-me em seu redor deslumbrando-me a todo o momento com o que os meus olhos viam, segura de que fotografia alguma conseguiria captar toda a aquela beleza. Montenegro, onde os montes são realmente muitos, mas de negro nada têm!

Simplesmente eu não conseguia seguir caminho! Parava a cada passo para ver e para me deslumbrar!

Depois lá me embrenhei pelo Parque Natural de Lovcen, por uma ruínha única que, embora estreitinha, era de 2 sentidos e era uma estrada nacional!

Por ali encontram-se os mais variados memoriais ao mortos da II Guerra, mas nada que se compare com os grandes monumentos que já visitara. Apenas lembretes, quando comparados com os outros, monumentais!

A partir de Cetinje comecei a subir para o Lovcen, onde fica o Mausoléu de Njegoš, o Shakespeare de Montenegro!

À medida que se vai subindo vai-se tendo uma perspetiva cada vez mais espantosa de toda a área do parque!

E pimba, o mausoléu estava em obras! Lá tive eu e muita gente de deixar a moto cá em baixo e subir o resto a pé!

Na realidade se não estivesse em obras o percurso também seria feito a pé, a única diferença é que subira por escadas civilizadas e não por escadas escavadas na rocha e cheias de cascalho solto!

Ao chegar ao mausoléu propriamente dito cruzei com um casal de motards, ambos carecas! Não posso negar que é prático usar o cabelo rapado… mas a mulher era tão feia que assustava!

E lá estava o Njegoš, todo coberto de pó!
O homem que foi politico, filosofo e poeta, entre tanta coisa que deu a Montenegro, como a secularização do estado, não é por acaso que ainda hoje tem a importância que tem!

Ele nasceu perto de Cetinje, numa pequena aldeia e quis ser sepultado lá, mas com a destruição do templo onde esteve, acabaram por lhe construir um mausoléu no “topo do mundo” o que foi controverso já que era sua vontade permanecer num local modesto!

Na verdade a construção é magnífica e fica num ponto incrivelmente espantoso!

Vale a pena subir ali só pela paisagem e pela serenidade fresca que ela nos transmite!

Cetinje lá ao fundo, aquela que ainda hoje é recordada como a capital do reino de Montenegro no início do século passado, entre 1910 e 1918.

Claro que não vim embora sem me despedir do homem, tinha de ser, a passagem passa por ele! Lá continuava coberto de pó, esculpido num bloco único de granito verde-escuro de quase quatro metros de altura e com 28 toneladas de peso! Garantido que nunca sairá dali!

O senhor da entrada ofereceu-se para me tirar uma foto, para me compensar, já que eu reclamei ter de pagar bilhete para ver o homem todo porco, e tudo cheio de pó! Eheheh

Na descida pude ver melhor o caminho e a paisagem com Cetinje sempre no horizonte!

Muita gente faz montinhos de pedrinhas por ali, fica muito giro e pedrinhas é o que não falta!

E fiz eu mesma o meu montinho de pedras! Ficou giro!

O caminho faz-se por cima da gruta onde fica a escadaria que leva ao mausoléu, enquanto a estão a renovar e não se pode passar. Não entendi muito bem porquê, pois se o mausoléu foi inaugurado nos anos 70, precisamente em 1974, já estava assim estragada a escadaria em pedra? Será que as pessoas que lá foram todos estes anos tinham cascos em vez de pés?

O que vale é que para baixo todos os santos ajudam!

Cá de baixo, de uma curva no caminho, podia-se ver a entrada da escadaria, como um buraco no monte!

E mais á frente o mausoléu parece uma pedrinha lá em cima!

E segui para Podgorica, avistando ao longe o lago Escútare ou Skadarsko jezero, surrealista!

E foi o fim do 16º dia de viagem!

17. Passeando pelos Balcãs… – de Split até Dubrovnik , passando por Mostar

12 de agosto de 2013

O calor começou cedo em Split! Logo pela manhã começava a prometer torrar-me de novo os miolos, mas mesmo assim eu ainda me aventurei a passear um pouco!

Subi ao Monte Marjan de onde se pode ver toda a cidade.

Apenas no trajeto do Monte Marjan até à marina vi 2 carros serem rebocados! Bem, não diria rebocados, pois na realidade foram guindados na frente dos meus olhos! Um policia punha aquelas coisas de metal nas jantes e um guincho prendia nelas, erguia o carro no ar e pimba com ele em cima do reboque! Uma operação de meia dúzia de minutos que a gente quase nem sentia, na fila do trânsito!

Fiquei meio traumatizada pois nunca vira fazer tal coisa! Será que aquilo também funciona assim com as motos?

Depois vi que as motos têm tratamento vip e há sempre uns corredores para os parques por onde apenas elas podem passar sem pagar! Muito simpático! Por isso eu não seria rebocada!

E fui passear um pouco pelo centro da cidade, onde andara no dia anterior. Eu queria visitar a catedral!

A Catedral de St. Svetog Dujma é a catedral mais antiga do mundo! Inicialmente era o mausoléu do imperador Diocleciano, mas foi convertida em catedral no séc. VIII fazendo parte do palácio de Dioclesiano.

Não se podia fotografar lá dentro, por isso lá tive de roubar uns quantos enquadramentos à socapa com a minha máquina silenciosa!

A torre sineira fica ao lado da catedral e é espantosa!

Mais espantoso é vê-la por dentro e subi-la! Para minha surpresa estava um grupo de pessoas amontoadas a alguns degraus do chão, na escada que sobe em caracol, junto ao interior das paredes da torre.

Esperei, pensando que havia fila por qualquer motivo. Talvez a escada em metal não suportasse toda aquela gente de uma vez e tivéssemos de subir aos poucos, mas então aquela gente encostou-se fazendo um esforço para me deixar passar. Só então, ao subir, percebi! As pessoas tinham medo!

A torre é “esquelética” cheia de aberturas e nada que isole o interior, isto é, ao subirmos podemos ver tanto o vazio para o interior da torre, como o vazio para o exterior! Faz um efeito curioso subir assim uma aparente frágil escada no vazio! A paisagem lá de cima é deslumbrante e vale bem a subida àquele que é o símbolo da cidade! Split aos nossos pés!

Vai-se subindo e acompanhando as perspetivas da paisagem pelas inúmeras aberturas

Aberturas ao nosso lado e no ado oposto da torre.

De lá de cima temos uma imagem espantosa de 360º sobre a cidade!

Split é a segunda maior cidade da Croácia e a capital da Dalmacia. Por momentos perguntei-me se os cachorritos dálmatas não viriam de lá, afinal em francês chamam-se “dalacians”!

Então voltei a descer a torre, onde andei sozinha, apenas na descida cruzei com algumas pessoas começavam a subir, o resto permanecia lá em baixo ou desistira!

A meio da descida eu podia ver as pessoas sentadas nas beiras das janelas lá em baixo! Eheheheh

Mas ao olhar para cima era compreensível o medo e a sensação de vertigem que aquelas pessoas deviam sentir!

Uma torre muito bonita!

Depois são as ruínhas estreitas, com esplanadas por todos os cantos

até à Praça do Povo com a Torre Marina, medieval, e o monumento a Marko Marulic, o fundador da literatura croata.

Por esta altura o calor estava mesmo infernal, eu já tinha bebido uma garrafa de 1.5l de água e estava a tratar da segunda!

Saí da cidade e, antes de seguir para sul, passei por Trogir, uma cidadezinha ali ao lado muralhada e muito bonita! Um mimo criado por gregos antes de Cristo e que hoje é uma grande atração turística!

A Katedrala Lovre Sv é encantadora, numa mistura de românico e gótico com a torre a lembrar a torre da catedral de Split!

Como diz a literatura “Trogir possui 2.300 anos de tradição urbana contínua”

A lente da máquina continuava a embaciar com o calor, uma pena pois captava pormenores curiosos de uma cidade que parece de brincar!

Como o recanto dos hippies pintores. Não tenho muita vocação para hippie, mas acabo sempre por meter conversa com quem desenha ou pinta, e ali não foi exceção!

Então segui viagem, não sem parar um pouco para ver de longe a torre sineira da catedral, que sobressai do aglomerado de casinhas, por trás das muralhas!

Eu sei que o caminho pela costa é muito bonito e sei também que é o caminho mais lógico para quem vem de Split para Dubrovnik … mas nem sempre eu vou por lógicas e voltei a fazer o caminho pelo interior!

De novo a Bósnia a despertar a minha curiosidade, mesmo ali ao lado, e foi por lá que eu fui!

Aquilo quer dizer: “Rota do Vinho Herzegovina”. Deu para ver que os Bósnios são muçulmanos mas produzem bons vinhos!

É curioso passar por cemitérios nas bermas das estradas como jardins comuns, sem qualquer resguardo! Dá para ver que não são muito preocupados com isolamentos para os mortos!

E cheguei a Mostar!

Os sinais de destruição provocada pela guerra da Bósnia ainda são um pouco visíveis em edifícios na cidade moderna, mas o centro histórico está lindo, com a sua ponte e ex-libris da cidade perfeitamente reconstruida!

O centro histórico de Mostar é encantador, com as ruelas empedradas com seixos redondos a fazerem-nos cocegas nos pés, e a sua extraordinária Stari Most – a ponte velha, do séc. XVI, sobre o rio Neretva, de águas profundamente esmeralda!

Entrei na Mesquita Koski Mehmed Pasha, que fica mesmo ao lado do rio e tem uma perspetiva extraordinária sobre o rio e o centro histórico!

Para isso tive de subir ao minarete. De novo ainda bem que não sofro de vertigens nem de claustrofobia, porque aquela escadinha não é em caracol, é encaracoladíssima, de tão estreito que é o minarete!

Mas vale a pena subir!

Oh p’rá minha sombra lá em baixo na abobada da mesquita!

E lá estava o rio e a ponte!

E o casario antigo, com telhados de pedra…

Mas os meus olhos não descolavam da ponte, aquela joia lindíssima, sobre o rio esmeralda!

Tirei um milhão de fotos parecidas, simplesmente porque não se consegue evitar de olhar e captar toda aquela beleza!

E por fim lá desci. O minarete era verdadeiramente estreito, podia-se apreciar a sua elegância delgada cá de baixo!

E do jardim da mesquita ainda tirei mais uma série de fotos ao rio e à ponte, era inevitável!

E lá fui ver a ponte de perto.

Ao longe a mesquita de onde eu vira a ponte pela primeira vez!

Agora já cheia de gente, naquele espaço minúsculo, a fotografar em todas as direções como eu fizera!

Há uma tradição na cidade, em que rapazes mergulham desde a ponte para o rio, o que não é coisa fácil já que as águas do Neretva são gélidas e apenas pessoas experientes o devem fazer. Diz-se que esta tradição vem desde o séc. XVII!

Fiquei ali a olhar para a ponte um bom tempo, pensando em quem morreu ali, em quem tudo perdeu e em como tudo parece tão normal, tão pouco tempo depois da catástrofe!

A ponte foi destruída em 1993 e reconstruida por uma série de anos, inaugurada em 2004 e classificado, junto com o centro histórico, como Património Mundial da UNESCO em 2005.

Claro que fiquei ali á fresca muito bem acompanhada por uma cervejinha da terra! E sim, a cerveja Bósnia é muito boa!

Continuei a minha caminhada, com o meu lenço vermelho como apoio, pois o calor era impiedoso e eu transpirava!

A ponte estava agora cheia de mulheres sexies e eu lembrei-me do meu amigo Elísio e tirei uma foto a apanhar algumas!

Nas lojas adjacentes à ponte podem-se ver vídeos da sua destruição em 1993… a gente sabe que aquilo foi tudo abaixo, sabe que toda a zona foi arrasada e, mesmo assim, não consegue deixar de estremecer a cada investida da artilharia de fogo Sérvia e desejar intimamente “parem com isso que a ponte vai cair!” então ela cai e tudo é um monte de escombros em seu redor. É terrível esta sensação de impotência perante a estupidez humana que destrói deliberadamente uma parte da história do seu povo, uma ponte com mais de 400 anos. Hoje ela está lá, perfeita e reconstruida e olho-a com toda a admiração como símbolo de uma cidade martirizada!

 

E fui embora, pelas ruelas às pedrinhas, cheias de lojas de tudo, em que tudo parecia custar um euro!

A Mesquita Nesuh-aga Vucjakovic fica na berma da estrada com o seu cemitério cheio de “mecos” brancos de mármore, em memória de muita gente que morreu na guerra da Bósnia…

A minha motita tinha feito uma amiga italiana carregada de tralhas! Até almofadas ela tinha amarradas ao assento!

Segui em direção a Dubrovnik, por paisagens cheias de curiosidades!

Voltei a encantar-me com a Bósnia!

Até chegar aos seus 8km de praia!

Dubrovnik à vista!

Não fiz muito mais naquela noite, para alem de tomar um bom banho e me esticar de pernas para o ar, depois de um jantar feito mais de bebida do que de comida, pois o calor fora muito e estava visto que o dia seguinte me reservaria ainda muito mais…

E foi o fim do 14º dia de viagem!