40. Passeando pelos Balcãs… – Andorra, a penultima etapa…

31 de agosto de 2013

Logo pela manhã fiz bosta ao limpar as viseiras do capacete pela “enésima” vez!

O Schuberth c3 é um ótimo capacete e tal, mas tem fragilidades que me surpreendem, como aquela viseira interior que é tão flexível que me pareceu sempre que poderia partir a qualquer momento com a pressão ao ser limpa! E é verdade! Apesar de todo o cuidado com que sempre o faço… ela partiu mesmo no encaixe! Bolas, teria de procurar uma nova em Andorra!

Como em tantas outras viagens, desde a primeira vez que estive em Genève, chegou a hora de ir embora! De novo a cidade teve o ar de despedida e eu nem sabia mais do que me despedir pela última vez, desta vez!

De novo eu quis ficar e não voltar mais para casa, de novo tive a vontade de ir a todo o lado rever tudo pela última vez como da primeira vez….

E como em outras viagens, acabei por ir até ao “meu” parque… queria ver aquilo tudo de novo a partir de lá, depois da perspetiva noturna do dia anterior! Da próxima vez terei de ir ali captar um pôr-do-sol extraordinário como já captei tantos, por agora fiquei com a imagem da cidade ao sol da manhã…

Aquilo é lindo visto dali…

Há sempre uma imagem dali que me fica na memória, é inevitável!

Depois desce-se até ao lago e… hora de partir!

Oh aquele lago sempre me encanta!

E parti…

Apanhei a autoestrada, já que é para ir embora façamo-lo depressa…

Ao passar a portagem cruzei com 3 motos suíças, uma delas era uma Goldwing com sidecar e, para meu espanto, transportava algo com grandes rodas sobre ele!

Uma bicicleta?

Curioso, um casal a passear de moto com uma bicicleta amarrada ao sidecar! Atrasei a marcha para os deixar passar e apreciar o conjunto!

Então quando eles me passaram, espanto! Não era uma bicicleta, era uma cadeira de rodas mesmo!

De repente tudo fazia sentido! Nada nos impede de realizar o que sonhamos, desde que sejamos inteligentes! A Goldwing tem até marcha atrás, por isso não é preciso usar os pés para move-la, o sidecar não deixa a moto cair para o lado, e a pendura facilmente liberta a cadeira de rodas para que o condutor possa subir para ela!

Simplesmente não conseguia seguir o meu caminho e fui por muito tempo junto deles a apreciar aquela maravilha de gente!

Uma viagem por autoestrada nunca tem muito o que contar, até se sair dela e se começar a ver coisas bonitas, que é o caso dos Pirenéus!

E Andorra logo a seguir!

E começou a minha epopeia na procura de uma viseira interior para o meu capacete!

Acabei por visitar todas as casas de material para motos em Pas de la Casa, onde parece que toda a gente me conhece já! A verdade é que vou ali tanta vez que até a minha moto já é conhecida e dá sempre nas vistas!

Não havia viseiras para o meu capacete em lado nenhum, toca a subir o monte para ir para Andorra-la-Vella…

Ui, a quantidade de fotos que eu já tirei junto àquela tabuleta, acho que a cada vez que lá passo faço uma nova foto!

Não sei porquê, mas frequentemente sinto que fazer aquela estrada é como se já estivesse a passear em casa…

Parecia Natal em Andorra! Naquele restaurante parece sempre, nunca tiram as luzinhas!

A motita dormiu num parque onde uma Africa Twin ocupava mais espaço que uma Pan e uma FJR juntas! Ainda dizem que as mulheres não sabem estacionar! No que diz respeito a motos acho que poucos homens sabem estacionar a sua moto sem ocuparem todo o espaço possível!

Fiquei hospedada num hostel onde as pessoas eram muito simpáticas e comunicativas, quiseram saber muita coisa sobre mim e a minha viagem e eu aproveitei para saber informações precisas sobre Andorra e explorações que pretendo fazer por ali.

E foi o fim do 33º dia de viagem…

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