(6 de Abril de 2012 – continuação)
Depois dos tapetes voltamos ao mundo real da Medina, para irmos ver (queria eu) a mesquita Kairaouine (ou Quaraouiyine), porque apenas os muçulmanos lá podem entrar, e as mulheres por porta diferente da dos homens!
A Mesquita deve o seu nome à cidade de Kairouan, na Tunisia, devido aos muitos emigrantes dessas paragens na zona, na época da sua fundação.
A mesquita ocupa uma grande área da Medina, pudemos passar por varias das suas 14 portas,
A Mosquee Quaraouiyine, receberia naquele dia 20,000 homens e 2,000 mulheres, pois era dia de festa. Eu queria ver aquilo por dentro e um senhor ofereceu-se para me fazer 2 ou 3 fotografias do pátio interior! Programei a minha máquina e dei-lha para a mão e valeu a pena! Aquilo é lindo!
O senhor andou tão contente a tirar fotos para mim e ainda nos tirou uma foto a todos!
Depois iriamos visitar os tecelões, a Medina está organizada por áreas de trabalho e ali eram a sedas!
Ui as portas, que giras! 😀
E lá encontramos numa loja de lenços, tecidos e adereços em seda, os teares.
E o tecelão sorridente!
Mais à frente eram os latões
As ruelas são estreitas mas ainda dá para passar de motinha!
E depois a farmácia
Cheia de certificados e recortes de revista emoldurados.
Havia muita tralha para cuidar dos cabelos, do rosto, da pele… elas tapam-se, tapam-se mas é cá fora, porque dentro de casa fazem uso àquelas tretas todas!
O óleo d’Argan está por todo o lado, fabricado a partir da noz da árvore de Argan que apenas existe em Marrocos, por isso chamam ao óleo o ouro de Marrocos.
Os meus amigos estavam muito concentrados nas explicações e exemplificações do “farmacêutico” de serviço!
Mais à frente encontramos o “motor” da caldeira para os banhos de Hamman.
Hamman na realidade quer dizer mesmo “banho” e em Marrocos são banhos relaxantes e purificantes, da pele e dos músculos. Uma variedade do banho turco.
Ali no fundo ficava a caldeira de um desses banhos, (há muitos na Medina). O homem está ali, continuamente a acrescentar serrim de madeira de cedro, para avivar a chama e aquecer a água. De cima vai recebendo pancadas na parede ou no chão, em linguagem que lembra o código morse, e que lhe vai dizendo se é para aquecer mais ou deixar arrefecer um pouco.
O homem é substituído de 3 em 3 horas… antes que morra de calor e sufocado pelo pó do serrim, digo eu!
Os salões de cabeleireiro são inspiradores
E mais portas
E caminhos estreitinhos
Recantos e escadinhas
Para chegar ao fabrico das peças em estanho e cobre
Esta foi das poucas lojas que visitamos que não vendia coisas velhas, cheias de pó e com aspeto de terem sido achadas no lixo!
Bem, mas ali a gente pode ver que não se fabricavam coisas velhas, como em muitos recantos do país! Ali se podia ver como todas aquelas coisas são fabricadas, melhor, manufaturadas!
Aquilo é desenhado martelada a martelada sobre o metal, com goivas finas e delicadas!
Fascinei-me com o candeeiro no teto, eu e a Paula, ficamos encantadas por todos os candeeiros!
E voltamos à Medina pois então, onde os táxis são burros e cavalos.
Onde há lojas de grande e pequena tecnologia
E chegamos ao Mausolee Moulay Idriss, no centro da Medina de Fes não pode ser visitado por nós… uma pena não poder passar da porta! É o Túmulo de Moulay Idriss II que fundou a cidade de Fes no sec IX pela segunda vez! Quase cinco séculos depois da sua morte foi encontrado ali um corpo intacto que se julga ser dele! Ele é o santo padroeiro da cidade e acredita-se que dá sorte ir ao seu Mausoléu dá sorte aos estrageiros, por isso é normal encontra-los a por a mão em determinados pontos da cerca da construção que, por estes dias anda em restauro profundo! Eu queria era vê-lo por dentro…
(continua)
Magnifiques photos… ça ressemble beaucoup à ce que l’on trouve à Grenade en Espagne ! Fabuleux !
Vous aviez pris un guide pour visiter la Medina de Fès ?
Merci!
Oui, on a pris un guide, parce que c’est difficile de trouver ce que tu veux voire! La Medine est tres grande, comme un labyrinthe et, par exemple, il est dificile de savoire ou son les tanneries, parce que l’entree ça se fais en entrant par les magasins, et on ne sais pas où sont les palais ou les mosquees!
Olá Gracinda. 🙂
Mais um punhado de belas fotografias e bom relato que aqui partilhas.
Está 5 estrelas.
Aguardo por mais crónica.
Beijinho
Obrigada!
Eu ainda nem vi as fotos todas por isso vai indo aos poucos!
Simplesmente, magnificas imagéns coloridas e cheias de historia
Simplesmente,magnificas imagéns coloridas e cheias de historia
Obrigada!
Inspirador, Gracinda, fantástica cobertura!
Essa ideia de “emprestar” a maq fotográfica… risco calculado? LOL
Temos agendado um banho Hamman para os 5 en Fès! Acho que é muito bom! Vms ver… 🙂
Bjs
Obrigada!
Bem eu “emprestei” a maquina a um dos “guardiões” da Mesquita… era suposto serem gente séria, até porque o roubo é muito mal visto na lei islamica…
Depois era a única forma de eu obter imagens ali de dentro! 😉
Esses trabalhos manuais … olha que é preciso ter paciencia e saber para estar ali a martelar certinho com um detalhe não pequenino!!
E a perfeição com que são feitos! É espantoso!
Tudo muito bonito e com bom sentido fotográfico… já passei por aí algumas vezes de automovel, mas uma viagem de mota é sempre diferente e pituresca… Muitos parabens pela originalidade.
Obrigada!
De moto é muito bonito sim! Mas o resto deste dia é que foi giro!
Vou conta-lo já a seguir! 😉