13. Marrocos 2012 – Ainda a Medina de Fes!

(6 de Abril de 2012 – continuação)

Depois dos tapetes voltamos ao mundo real da Medina, para irmos ver (queria eu) a mesquita Kairaouine (ou Quaraouiyine), porque apenas os muçulmanos lá podem entrar, e as mulheres por porta diferente da dos homens!

A Mesquita deve o seu nome à cidade de Kairouan, na Tunisia, devido aos muitos emigrantes dessas paragens na zona, na época da sua fundação.

A mesquita ocupa uma grande área da Medina, pudemos passar por varias das suas 14 portas,

A Mosquee Quaraouiyine, receberia naquele dia 20,000 homens e 2,000 mulheres, pois era dia de festa. Eu queria ver aquilo por dentro e um senhor ofereceu-se para me fazer 2 ou 3 fotografias do pátio interior! Programei a minha máquina e dei-lha para a mão e valeu a pena! Aquilo é lindo!

O senhor andou tão contente a tirar fotos para mim e ainda nos tirou uma foto a todos!

Depois iriamos visitar os tecelões, a Medina está organizada por áreas de trabalho e ali eram a sedas!

Ui as portas, que giras! 😀

E lá encontramos numa loja de lenços, tecidos e adereços em seda, os teares.

E o tecelão sorridente!

Mais à frente eram os latões

As ruelas são estreitas mas ainda dá para passar de motinha!

E depois a farmácia

Cheia de certificados e recortes de revista emoldurados.

Havia muita tralha para cuidar dos cabelos, do rosto, da pele… elas tapam-se, tapam-se mas é cá fora, porque dentro de casa fazem uso àquelas tretas todas!

O óleo d’Argan está por todo o lado, fabricado a partir da noz da árvore de Argan que apenas existe em Marrocos, por isso chamam ao óleo o ouro de Marrocos.

Os meus amigos estavam muito concentrados nas explicações e exemplificações do “farmacêutico” de serviço!

Mais à frente encontramos o “motor” da caldeira para os banhos de Hamman.

Hamman na realidade quer dizer mesmo “banho” e em Marrocos são banhos relaxantes e purificantes, da pele e dos músculos. Uma variedade do banho turco.

Ali no fundo ficava a caldeira de um desses banhos, (há muitos na Medina). O homem está ali, continuamente a acrescentar serrim de madeira de cedro, para avivar a chama e aquecer a água. De cima vai recebendo pancadas na parede ou no chão, em linguagem que lembra o código morse, e que lhe vai dizendo se é para aquecer mais ou deixar arrefecer um pouco.

O homem é substituído de 3 em 3 horas… antes que morra de calor e sufocado pelo pó do serrim, digo eu!

Os salões de cabeleireiro são inspiradores

E mais portas

E caminhos estreitinhos

Recantos e escadinhas

Para chegar ao fabrico das peças em estanho e cobre

Esta foi das poucas lojas que visitamos que não vendia coisas velhas, cheias de pó e com aspeto de terem sido achadas no lixo!

Bem, mas ali a gente pode ver que não se fabricavam coisas velhas, como em muitos recantos do país! Ali se podia ver como todas aquelas coisas são fabricadas, melhor, manufaturadas!

Aquilo é desenhado martelada a martelada sobre o metal, com goivas finas e delicadas!

Fascinei-me com o candeeiro no teto, eu e a Paula, ficamos encantadas por todos os candeeiros!

E voltamos à Medina pois então, onde os táxis são burros e cavalos.

Onde há lojas de grande e pequena tecnologia

E chegamos ao Mausolee Moulay Idriss, no centro da Medina de Fes não pode ser visitado por nós… uma pena não poder passar da porta! É o Túmulo de Moulay Idriss II que fundou a cidade de Fes no sec IX pela segunda vez! Quase cinco séculos depois da sua morte foi encontrado ali um corpo intacto que se julga ser dele! Ele é o santo padroeiro da cidade e acredita-se que dá sorte ir ao seu Mausoléu dá sorte aos estrageiros, por isso é normal encontra-los a por a mão em determinados pontos da cerca da construção que, por estes dias anda em restauro profundo! Eu queria era vê-lo por dentro…

(continua)

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