20 de Agosto de 2012
Antes de pensar no que ver ou visitar naquele dia, coloquei o GPS na moto e tratei de lhe obedecer cegamente e deixar que ele me levasse até ao stand/oficina que o Edwin me aconselhara!
Foram quase 60km tentando nem olhar para o lado para não perder tempo e chegar cedo, para me despachar e acabar de vez com a preocupação do travão!
Por momentos duvidei que o caminho estivesse certo pois fui-me afastando de centros e cidades e atravessando montes e planícies, sem ver ambiente de ir encontrar um stand Honda no meio de nada! Mas ele lá estava, quando o meu Patrick murmurou ao meu ouvido “chegando ao destino à esquerda”!
O meu amigo Edwin lá estava à minha espera e foi de grande ajuda para explicar o que a minha Magnífica estava a pedir: pastilhas nos travões da frente e de trás!
O stand não era muito grande mas era simpático e as pessoas atenciosas!
Enquanto cuidavam da minha motita, fomos dar uma voltinha pela zona, um bom pedaço de conversa, embora o meu inglês seja pobre, por falta de vocabulário, para conversar relaxadamente!
Fomos passear para uma zona mística, um recando de natureza onde se encontram pequenos “templos” em madeira com decorações curiosas a lembrar ambientes de culto budista
ou ambientes de culto brasileiro, tipo de uma Iyalorixá – mãe de santo!
A natureza presta-se a ambientes curiosos!
Depois de uma bela passeata e de um simpático 2º pequeno-almoço, na companhia do amigo Edwin, fomos buscar a motita! Estava pronta!
Não pude deixar passar a oportunidade de me fazer fotografar, a mim e à minha Magnífica, junto do Edwin, um grande homem, no verdadeiro sentido da palavra!
Senti-me tão pequenina junto dele! Acho que a Magnífica também! 😀
A motita estava ótima, pronta para rolar, nada me perturbaria mais… era hora de partir!
Despedi-me do amigo Edwin com a promessa de que o seu belo país seria, provavelmente em 2014, o assunto de uma viagem ou, pelo menos, o assunto principal! Nessa altura ele acompanhará parte dela com a sua GSA, uma moto à sua medida: grande e grandiosa!
Era cedo, o dia era longo, nada me impedia de visitar ainda grande parte do que planeara visitar por aquelas bandas! Um dia de sorte, sol e passeio pelo lago de Konstanz!
Lindau fica a uns escassos vinte e poucos quilómetros de Weiler-Simmerberg, a localidade onde ficava a oficina da Honda, por isso seria ainda possível realizar o meu plano inicial de dar a volta ao lago de Konstanz, o Bodensse, só que no sentido contrário ao que projetara!
Por isso, em vez de terminar a volta em Lindau, comecei por ali mesmo!
Lindau é uma cidadezinha numa ilha, no lago de Bodensee. Lindau quer dizer precisamente Linda e o lago de Bodensee não é outro senão o Lago de Konstanz, ou Constancia, que fica na fronteira entre três países: a Alemanha, a Suíça e a Áustria e os três países ainda nem se entendem muito bem sobre como ou onde ficam as suas fronteiras no lago! Lindau fica no estado da Baviera e o seu porto é mítico pela entrada com o marco característico da escultura do leão, de um lado, e o único farol da Baviera, do outro.
A rathaus é um edifício extraordinário, originalmente em estilo gótico e posteriormente renascentista, lindo com as suas pinturas nas duas fachadas, difícil de decidir em que ângulo é mais bonito!
Passeia-se pela ilha como se ela não tivesse fim, pois está recheada de edifícios lindos com fachadas pintadas com imagens e cheia de gente que se passeia calmamente pelas ruas mas, na realidade, é uma ilha bem pequena com menos de um quilómetro quadrado de área!
Pormenores que, quem anda de nariz no ar, vai descobrindo!
A Stadtpfarrkirche St. Stephan, ou igreja evangelista de Santo Estêvão, é linda! De origem românica do séc. XII, comporta em si séculos de modificações, adaptações e reconstruções!
E hoje a sua decoração barroca em estuque é linda e fresca!
Do outro lado da praça fica o Museu Municipal, a “Haus zum Cavazzen”, uma construção impressionante com pinturas extraordinárias nas paredes!
Lindau visita-se calmamente a pé, por ruelas e recantos cheios de encanto!
Com paragem estratégica para refrescar um pouco, que o calor aperta! Afinal estamos ou não no país da cerveja?! E que boa que era! 😉
Ali encontrei os chapéus mais caros da viagem! É verdade, um chapéu igual ao meu chegava a custar mais de 200€! Foi quando pensei em comercializa-los por lá, dado que o meu foi comprado no Porto muitíssimo mais barato!
E tratei de pegar na minha motita e seguir caminho, que o lago é grande e cheio de coisas que eu queria ver!
Voltei a passar no belo porto
E segui passeando pela margem do lago que já visitara em 2010, mas deixara tanto para ver! E voltei a deixar muito para outra visita!
Logo ali à frente fica Meersburg, uma cidadezinha encantadora, como tudo parece ser na borda daquele lago!
Com uma história riquíssima que vem desde tempos remotos, cheia de construções perfeitamente preservadas, a cidade teve sua primeira fortaleza construída por volta do século VII.
Sem ter ainda regressado bem ao nosso tempo, depois de visitar Lindau, voltei rapidamente ao passado ao visitar Meersburg!
A cidadezinha tem duas zonas a parte baixa (Unterstadt) e a parte alta (Oberstadt) que são pedonais e estão ligadas por duas escadas e uma rua íngreme.
E realmente é a pé que se conhece melhor cada recanto de tão encantadora cidade!
Dá-se a volta e apetece recomeçar de novo!
Um mimo de cidade fofinha e linda, onde a água das fontes é fresca, quase gelada, como quem a tira do frigorifico, percorrida por pessoas simpáticas e sorridentes, como num cenário perfeito de uma história infantil!
E as casinhas medievais perfeitamente conservadas, pareciam quase impossíveis!
Lá acabei por deixar a cidadezinha para trás, ou iria passar lá o resto das minhas férias sem nem dar por ela!
Ao passear-me pela margem do lago, logo a seguir a Meersburg, por entre vinhas em paisagens deslumbrantes sobre o lago, com a “Ilha das Flores” de Mainau no horizonte, fica a Basílica de Birnau, uma construção extraordinária do séc. XVIII.
Embora o barroco não seja o estilo que mais aprecio, não podia deixar de a visitar, porque é linda e espantosa!
Um mundo decorativo vibra em cima de nós, em tetos trabalhados em gesso e pintados em afrescos como telas, quase fotográficas!
Um local que tenho de voltar a visitar, quando a Alemanha for o destino exclusivo da minha viagem e a ilha de Mainau um dos grandes locais a explorar.
(continua)
Mais um lindo dia que partilhas!
Obrigada Gracinda! 🙂
Aguardo por mais crónica! eheheh
Mais uma vez graças a ti, dá para perceber que, uma semana ainda seria pouco, para explorar esse lago e todas as maravilhas que o envolvem…
Há sempre quem passe nos locais, pare para beber uma cerveja e siga! Mas quando se começa a entrar nas localidades, de cidadezinha em cidadezinha, é que entendemos como tudo é bonito e encantador! E por aqueles lados não faltam coisas lindas para ver! E vimos embora com a certeza de que, se lá voltarmos a passar, não faltará ainda tanto o que ver!
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Mais uma deliciosa foto-reportagem , uma de entre tantas outras com que nos brinda….
Cumprimentos
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