23 de Agosto de 2012 – o fim do dia…
Eu tinha ficado de, ao visitar Colmar, conhecer o meu amigo do Facebook Miguel Bacalhau, mas ainda bem que não tinha marcado o dia antes com ele, pois tinha pensado passar no dia anterior, quanto tudo aconteceu, desde tretas com a moto até tretas com a máquina fotográfica!
Assim combinei, finalmente, na noite anterior, entre a recuperação de fotos do cartão e o amuo de ter ficado sem gasolina para dar mais uma voltita, que estaria em Colmar ao fim da tarde! E assim foi! Depois de um dia cheio como um ovo, de coisas lindas e experiências fantásticas!
Ao chegar à cidade fui recebida pela Estátua da Liberdade em ponto pequeno. Uma curiosa homenagem da cidade a Frederic Auguste Bartholdi, o autor da escultura original, oferecida à América pelo governo francês em 1886. O artista nasceu em Colmar e a escultura comemora o centenário da sua morte!
Depois, como sempre que desconheço a organização de uma cidade, dirigi-me à catedral, pois é em torno dela que uma cidade se desenvolve, por isso é sempre por lá que começa o centro histórico!
A catedral é uma Collegiale consagrada a Saint Martin, ou o nosso São Martinho! É um belíssimo edifício em estilo gótico com alguns elementos românicos ainda, construído entre os séculos XII e XIV em grês amarelo.
Muito bonita no interior, cheia de vitrais extraordinários.
A pia batismal ocupa um lugar de destaque, no altar-mor! Coisa curiosa, dado que normalmente fica à entrada!
Toda a zona é encantadora, com as casinhas de travejamento exterior, as “maisons à colombages” medievais.
Seguindo o rio Lauch, quando ele é quase apenas um pequeno canal, passamos pelas ruinhas mais encantadoras e as casas mais bonitas.
E chegamos à Petite Venise, um quarteirão do paraíso, que deve o seu nome ao alinhamento de casinhas medievais pelas margens do rio.
Tudo parece perfeito e belo por ali!
Nem faltam as esplanadas na berma do rio, nem os barquinhos a passear!
Mas havia uma outra cidadezinha que eu queria visitar e teria de o fazer antes de me ir encontrar com o meu amigo ou não poderia visita-la mais nesta viagem! Por isso fui numa corrida até Eguisheim!
Uma das comunas mais bonitas que visitei na Route, cheia de pormenores e recantos encantadores!
E de gente também! Gente que passeava por aquelas ruinhas de encantar calmamente, como se fizesse parte delas!
Adoro aqueles traçados medievais extraordinários que resultam em ruelas com casinhas ao meio como a casinha da Rue du Rempart.
Casas que são quase tão estreitinhas como paredes!
Tirei mais um milhão de fotos e lá fui encontrar-me com o Miguel Bacalhau, junto à catedral de Colmar, e lá estava ele mais a sua “amante” (como ele lhe chama) a sua V-Strom!
Primeiro abancamos ali mesmo numa esplanada para uma cervejola e depois bora lá buscar as meninas!
E não é que a sua menina fez birra e não quis andar?! O que vale é que há sempre um amigo por perto, ou a passar, para ajudar, pois eu não tinha nem jeito nem força para empurrar a miúda!
E o amigo empurrou e a motita não pegou!
Então o amigo montou na sua própria moto e fez um “empurranço moto-moto”, coisa que eu nunca tinha visto, mas o certo é que funcionou!
Ora siga para casa para conhecer e jantar com a família Bacalhau!
Lá em casa esperava-me gente muito simpática! O amigo do meu amigo, o João, o feliz proprietário de uma Africa Twin!
Para acompanhar a conversa foram umas minis cá da nossa terra, geladinhas e inspiradoras, enquanto o amigo Miguel punha fim à cegueira parcial da minha Magnifica, que já vinha com um olho fechado há mais de uma semana! E que jeito que aquela nova luz me fez durante o resto da viagem!
Claro que nos pusemos na frente da motita, para a foto, para não se ver o grande estalo que ela levara na cara!
E a Sandra, a simpática esposa do Miguel, que fez um delicioso jantar para a gente, muito bem regado com uma garrafinha de vinho alentejano, Monte Velho!
Conversamos animadamente até às tantas, veio chuva e trovoada e a conversa continuou, até que por fim lá tive de ir embora e cheguei a casa, que ainda era em Estrasburgo, sem apanhar chuva!
E foi o fim do vigésimo quinto dia de viagem
Olá Gracinda!
Terminas este dia da melhor maneira!
Como apresentaste este dia exploraste muito e sítios lindíssimos!
Acho fantástica esta Catedral! 🙂
Beijinho
é de meter inveja a qualquer um, mas pra um amante das meninas ( motas ) é ainda mais. pensar fazer esses recantos do mundo é algo que provoca um colapso sinaptico nos meus neuronios. 😉
É verdade, vale a pena “penar” um bocado para engordar um porquinho mealheiro e dar um voltinha por ali!
Faz bem ao coração, ao nosso e ao da motita também! 😉
O meu porquinho é de má raça…
Obrigado por mais uma partilha extraordinária!
O meu porquinho este ano também não me parece que seja de grande raça… mas também com a pouca “comida” que lhe dou não posso esperar melhor! 😀
Adorei este documentário,fotos lindissimas,faz-me lembrar a Alemanha,onde eu vivi alguns anos com os meus pais.Fiquei deslumbrada e viajei no tempo com muitas saudades,quem me dera voltar atrás e estar por essas bandas,mas a vida é assim mesmo.
É tudo muito bonito por aquelas bandas sim! Apetece ficar por lá a viver mesmo!