10 de Agosto de 2012 – continuação
No meu caminho ficava Viamala-Schlucht! Ok, ficava porque eu quis que ficasse!
Viamala é uma garganta monumental pela sua espetacularidade! As paredes estreitas chegam a proporcionar autenticas nesgas de 300 metros de profundidade!
Aquilo fica perto de Thusis, no percurso do Reno na zona, e é digno de uma visita!
Aquelas coisinhas azuis à direita da foto, são carros! A minha motita estava lá também. Por ali se vê a dimensão do abismo!
A tradução para o nome é de “mau caminho” e, se olharmos bem para o desfiladeiro, entendemos bem porque lhe chamaram assim!
O caminho é conhecido desde a época dos romanos e já presenciou e participou em momentos altos na história da zona!
Eu pus-me a olhar para a profundeza daquilo e para a pequena multidão que se aglomerava para fazer o percurso e decidi ver “por fora” e um dia faze-lo na totalidade!
Uma daquelas promessas que faço a mim mesma, durante uma viagem, e que tempos depois me fazem sair de casa para as cumprir! 😀
E segui para Monstein passando por Tiefencastel, uma terrinha deliciosa que fica tão bem nas fotografias com o vale verde e os montes ao fundo! Postal ilustrado!
Os castelinhos nos montes dão um ar tão romântico quanto misterioso à paisagem! Mais tarde eu iria aproximar-me para ver alguns de perto e tirar fotos tipo agencia de viagens! 😉
Entretanto alcancei um grupo de motociclistas italianos muito bem ordenado e simpático, no meu caminho, que andava a apreciar as belezas do país vizinho!
A verdade é que aquela zona é digna de visita por toda a beleza que proporciona ao nosso olhar!
Com a Ruine Belford, um castelo medieval do séc. XII a despertar o imaginário!
E os montes a imitar tão bem um cenário pintado!
Cheguei a Monstein, a aldeia onde se produz uma deliciosa cerveja, com o seu nome, na fábrica de cerveja a maior altitude da Europa!!
A minha escolha de Monstein para passar 3 noites não foi casual! Na realidade, não achando eu Davos uma cidade bonita, procurei uma localidade tipicamente alpina para pernoitar e viver o espirito da zona!
Encontrei Monstein, localizada a 1620 m de altitude numa vertente do monte voltada ao sol, no vale de Landwassertal, rodeado de picos impressionantes, lindas pastagens alpinas e extensa floresta por todos os lados!
O hotel Ducan apresentava-se nas fotos como um postal habitável! Um chalé em madeira, cheio de flores nas janelas, com esplanada e terraço pitorescos e barato! E era mesmo tudo isso, para além da grande simpatia dos funcionários e de, na realidade, ainda ser mais “mimi” do que nas fotos!
Pousei as tralhas e fui dar uma volta à aldeia, que é pequenina mas cheia de vida!
Na realidade ainda apresenta as características inconfundíveis de uma aldeia típica dos Alpes. Casinhas, espigueiros, celeiros e cabanas são construídas em madeira, alguns têm mesmo o teto em telhas de madeira tradicionais e são forradas com pequenas escamas também em madeira.
Ali começam trilhos de percursos e caminhada que, no inverno serão caminhos para esquiadores!
Ainda me aventurei por alguns caminhos onde apenas caberia eu e a minha motita!
Era cedo para jantar, por isso ainda fui dar uma vista de olhos a ver se Davos continuava na mesma ou se tinha mudado muito! Não mudou o suficiente para eu gostar mais dela do que de costume! O mais bonito que tem é o lago, do outro lado da cidade!
Aqueles caminhos são sempre interessantes de fazer, com Schmitten a embelezar o regresso a Monstein!
Iria passar ali varias vezes ao dia, nos dias seguintes, sem perder nunca a vontade de fotografar a aldeia!
Decidi voltar para o hotel e jantar lá! Não me apetecia de todo andar de lado para lado à procura de um sítio para comer!
E o jantar foi uma agradável surpresa! A sala do restaurante era linda, os empregados simpáticos e a comida deliciosa!
Pedi um prato vegetariano, pois não me apetecia nem carne nem peixe e serviram-me um prato lindo e aromático. A princípio pensei que se tinham enganado, pois o prato que eu pedira era composto por queijo, lá da terra, com batatas e legumes, mas o que veio parecia-me peixe!
Embora ao comer o sabor fosse agradável mas indeterminado!
Só à 3ª ou 4ª garfada é que percebi que aquilo não era peixe e sim queijo! Uma delícia, porque o queijo embora panado, não derretera nem ficara enjoativo, pelo contrário, era fofo e… espantoso!
Adorei!
Fim do décimo segundo dia de viagem
Olá Gracinda!
Fotografias fantásticas. De uma beleza incrível!
Obrigada por partilhares! 🙂
Beijinho
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