16 de Agosto de 2012 – continuação
Na outra ponta do lago de Biel ficam duas terrinhas muito bonitas, a primeira é Le Landeron, uma cidade medieval do séc. XIV, que mantem o mesmo aspeto desde há muitos séculos! É curioso que é a única cidade da margem do rio que pertence a Neuchatel, pois os limites do cantão acabam logo ali!!
Já foi uma cidade muito importante com seu próprio exército e tudo e foi também o pomo de discórdia por se ter mantido à parte da reforma, mesmo com um grande reformador logo ali ao lado, em Neuchatel, o Guillaume Farel, ficando com mais duas ou três localidades, como ilhas católicas no meio do mar protestante!
A cidade é linda, com a sua praça principal que é, praticamente, toda a cidade medieval.
Com portas de entrada e de saída, na muralha que ainda conserva intacta.
E as fontes com esculturas pintadas tão bonitas!
Passeando pela redondeza, encontramos a qualquer momento, e por todo o lado, quintas com terrenos bem cuidados que contribuem para a beleza verde que o país exibe de norte a sul. E as casas são lindíssimas, parecendo por vezes quase irreais de tão perfeitas e bem enquadradas na paisagem! Dir-se-ia que alguém as põe ali porque ficam bem na paisagem mas, na realidade são casas habitadas, muitas delas com uma parte de habitação e outra de celeiro e a gente quase nem se dá conta!
Logo a seguir fica outra cidadezinha encantadora e ainda mais antiga, do séc. XII, Erlach!
Tudo é cercado de vinhas por ali e, subindo pela encosta até ao castelo, podemos ver como a redondeza é encantadora!
Lá em cima fica a zona mais antiga e pitoresca da cidade.
Nenhum veículo pode circular por ali, a minha motita apenas entrou para dar a volta, também o piso é muito irregular e nem valia a pena arriscar!
Depois ao fim da rua ficam as escadas que levam à rua de baixo!
Então segui para Neuchatel, a capital do cantão com o seu nome e que fica na margem do maior lago totalmente suíço, e que também tem o seu nome! Dá para ver que é uma cidade importante!
E na verdade é, a sua história é longa, andou de mão em mão, nobres poderosos dos países vizinhos, os Condes de Orleans de França e os reis Prussianos da Alemanha, a disputaram e governaram alternadamente, até que ela se juntou à Confederação Suíça e acabou de vez com a cobiça!
La Maison des Halles do séc. XVI, na Place du marche, já foi armazém das mercadorias mais delicadas, como sedas indianas e cereais. Hoje permanece uma joia no coração da cidade antiga!
Ela estende-se pela rue du Trésor, na direção da la place de la Croix du Marché.
A Fonte du Banneret é muito antiga e o seu aspeto atual data do séc. XVI, era usada para dar de beber às vacas e aos cavalos!
Depois, se subisse por ali acima iria dar ao castelo, mas se há rua para andar com rodinhas, não havia necessidade de usar uma que é só para pezinhos! Por isso fui buscar a moto e fui até lá acima, onde fica o castelo e a catedral, pois então! 😀
A catedral está sem rosto, em restauro, e nada se vê da sua fachada mas, por dentro continua linda!
A Catedral é conhecida como “la Collegiale”, é um edifício extraordinário do séc. XII com base românica e mistura com estilo gótico, com um teto espantoso, pois eleva-se até ao céu e é estrelado!
Ouro sobre azul!
Andei ali, de um lado para o outro de nariz no ar!
Depois num dos lados do altar há um Cenotáfio em honra dos condes de Neuchatel e toda a sua família, um monumento do séc. XII, notável e bem conservado através dos tempos!
E aquele teto a encher-me os olhos!
Ali ao lado ficam os vestígios do castelo antigo que ajudou a dar origem ao nome da cidade, pois ao construir-se o castelo novo, que está mais à frente, veio ao longo dos tempos o “neuchatel”!
Este sim, foi a origem do nome, pois é o castelo novo de «Nuefchastel»!
No castelo medieval funcionam atualmente os edifícios do governo cantonal de Neuchâtel.
A arquitetura é espantosa e o edifício imponente!
Ali se trabalha realmente e se tomam decisões, porque não existe o conceito de “puseram-me cá agora aguentem comigo!”
Na salle des Etats podem-se ver os brasões de todos os governantes de Neuchatel até a cidade se juntar à Confederação e se tornar um Cantão Suíço.
Da janela vê-se parte da cidade e o imenso lago ao fundo.
O edifício não pode ser todo visitado pois está em funcionamento todos os dias!
Sempre achei piada à forma como eles pintam as venezianas das janelas às riscas das cores mais improváveis! E o curioso é que fica tão bem!
Adoram as torres, torrinhas e torreões e os chapéus bicudos lá em cima! Um só edifício pode ter diversos!
E preparei-me para continuar o meu caminho…
(continua)
Muito bom!
Obrigada!
Olá Gracinda!
Mais uma excelente partilha!
Fantástico!! 🙂
Beijinho
Lindas fotos, de locais muito bonitos, a minha Conquistadora, Varadero 125, acho que quer lá ir ……
Obrigado pela partilha
Obrigada eu!
E eu acho que se ela lá for vai adorar! 😉
“J’adore voir ma jolie ville dans autre point de vu, merci à toi” Quando cá voltares, vais conhecer, viver e admirar Neuchâtel e redondezas, desde 1848 (entrada na confederação Helvetica). Até a primeira chocolataria Suiça (Suchard) vais fotografar, como tu o sabes bém fazer. Passando pela arquitetura, gastronomia etc. Quando tiveres tempo disponivel e gostes de andar de moto diz. Tudo repousa numa questão de organização cronologica. à bientôt By
Sim, vou quere fazer isso sim!
Aqui fiz um pequeno resumo senão a história nunca mais acabaria! E não fui ver tudo, pois volto a cada passo e tenho de ter sempre o que ver! 😉
Visitar uma cidade com guia local é o que eu gosto! Por isso, eu vou voltar sim! 😉
Lindas fotos!!! E ótima lembrança das palavras de Graciliano Ramos!!! VIDA LEVE PARA TODOS!!! Procurava Neuchautêl, origens do sobrenome Huguenin, suponho!!!