39. Passeando pelos Balcãs… – Annecy e o seu encantador lago…

30 de agosto de 2013 – continuação

Estava no Salève e decidi continuar o meu caminho rumo a uma cidade de encanto que eu visitei vezes sem conta, tanto quando estava em Genève, como a cada vez que passei por aqueles lados!

Segui pelo monte abaixo pelo lado oposto ao que subira, por ruas muito bonitas e deliciosas para fazer de moto,

por entre aldeias e pastos verdes com vaquinhas a pastar e tudo!

Sim, deixei a motita e fui ver as vacas! Eu só tenho medo delas quando estou em cima da moto! Quando estou no chão não tenho qualquer medo! eheheheh

E cheguei à ponte de la Caille… oh aquela ponte! Eu já passei ali com 5 das minhas 6 motos, este foi o momento em que a Ninfa lá passou!

Aquela ponte é pênsil e tem quase dois séculos. O seu piso é em ripas de madeira com pequenos espaços, o que faz com que quem tem vertigens não a consiga atravessar, pois fica suspensa sobre um abismo de 147 metros de profundidade!

As saudades que eu tenho de ver aquilo tudo cheio de neve…

Um dia terei de apanhar um avião qualquer, durante o inverno, e ir ver…

A seguir aparece o lindíssimo lago…

O Lago de Annecy é um dos amores que ficou até hoje no meu coração, juntamente com o Lago Leman! Tão lindo e misterioso, tão inesperado e surpreendente, como a cidade que lhe dá o nome!

Mas antes de ir visitar a cidade fui molhar os pés mas águas limpíssimas e apreciar os encantos da paisagem por caminhos bem inspiradores!

Rodeado de montanhas e paisagens deslumbrantes nunca se esgota em visita alguma, como se os seus encantos fossem infinitos!

Aquele lago e aquela paisagem sempre me transmitiram serenidade! É considerado um dos lagos mais bonitos do mundo e não é por acaso!

Depois do Lago Leman, é o lago que eu mais visito, sempre que posso, sempre que passo, porque a complementar a sua beleza, a cidadezinha é encantadora!

Há por ali diversos passos de montanha deslumbrantes, de onde ele é visível em toda a sua dimensão, mas neste momento apenas mostro o seu encanto próximo de mim, quando parei e molhei os pés nas suas águas!

É nestes momentos que eu tenho a certeza de que o paraíso existe…

A próxima vez que for ali tenho de ver aquilo tudo de cima, num voo em asa-delta ou parapente que será seguramente o deslumbramento total!

E estava na hora de descer até à cidade… descer de um paraíso natural para um paraíso urbano! Sim, é possível!

Até as estradas mais “banais” por ali são encantadoras!

E lá estava Annecy, a Veneza francesa, ou Veneza dos Alpes, com a sua arquitetura medieval e os seus límpidos e encantadores canais!

Annecy já pertenceu ao condado de Genève e encaixa totalmente no ambiente do país vizinho!

As perspetivas dos canais são sempre encantadoras em todos os momentos do ano!

Lembro-me de fazer os trinta e muitos quilómetros de Genève até lá, na minha motoreta, para passar ali o dia, naquele ambiente de beleza quase artificial!

Ora se eu fazia tal distância numa motoreta que não andava nada, como não poderia lá ir com motos tão grandes e potentes como as que vou tendo hoje?!

O “meu” restaurante fica ali, no lado direito, com o tolde vermelho…

Lá estava ele! É ali que eu janto de há uns anos para cá, a cada vez que visito a cidade!

É lindo por dentro!

Mas foi na esplanada que eu comi desta vez!

Claro que escolhi mexilhões! Eu lá podia passar por França sem comer dos seus deliciosos mexilhões?

Fim da visita, bora lá buscar a motita e voltar para casa… que naquela noite ainda seria em Genève…

O jato de água é lindíssimo de noite, com a iluminação a dar-lhe um toque sobrenatural de brancos translúcidos…

E fui até ao meu parque, o parque Lord Byron, onde eu passei tantos dos meus dias e dos meus serões em tempos… e de onde a cidade cintila ao longe!

Um cruzeiro apareceu na água negra e trouxe-me memórias antigas…
Na véspera da minha partida, o meu regresso a casa depois dos meus estudos acabarem, o departamento dos bolseiros organizou um jantar para a despedida. Esse jantar foi a bordo de um dos grandes cruzeiros no lago e, quando o barco passava perto do jato de água, já no regresso, era hora do jato ser desligado e, à medida que o barco passava, o véu branco da água foi recolhendo por muito tempo, cintilando na luz branca de forma verdadeiramente deslumbrante!

Essa foi a minha imagem da despedida que ficou até hoje…

E foi o fim do 32º dia de viagem…

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