3 . Passeando pelos Balcãs… – de Penafiel até Saragoça

É curiosa a sensação de ter relembrado recentemente toda a viagem numa “fugida” e só agora ir falar/escrever sobre ela! Normalmente eu vou relembrando tudo o que vi e vivi a cada dia que volto a tentar escrever mais um pouco do que fiz! Desta vez há uma série de coisas que voltaram à minha mente, em catadupa, e a panorâmica total da aventura é de “que coisa gira eu fiz”!

30 de julho de 2013

O tempo, que nunca mais passava, de repente escoou-se e foi na hora de partir, apenas, que eu fui imprimir o meu livrinho de viagem, para que nada me faltasse de informação no caminho, que eu não gosto de trabalhar durante as férias a procurar o que há para ver. Levo a pesquisa base e por lá é um “faço só o que quero” e vou alegremente atrás do que me apetece! Se descubro coisas novas, tanto melhor, mas não sofro para saber se elas existem. Viajar é um ato de prazer, nunca uma obrigação ou um esforço indesejado!

Na hora de partir demora sempre um pouco até eu processar que estou em viagem, desta vez não foi diferente, lá fui andando e cantarolando por aí acima, mas só alguns quilómetros depois é que a sensação se entranhou mesmo!

Eu não sabia mas iria mostrar aquele mapa geral da viagem, na capa do livrinho, dezenas de vezes durante esta viagem, a polícias, velhotes, senhoras curiosas, rececionistas, taxistas e por aí fora até aos controladores das fronteiras!

Uma das coisas que faço sempre é “despedir-me” do meu país e paro sempre na fronteira, como quem acena com a mão para trás, para casa!

Consegui fotografar a minha motita à entrada de cada país, o que torna a sua primeira longa aventura um acontecimento bem documentado!

Atravessar a Espanha foi só o início do que eu já esperava: um enorme calor!

Mas todo o sofrimento é suportado quando o que se vê e se vive vale a pena e este país proporciona enquadramentos fotográficos muito bonitos, com cores intensas e saturadas, sem que as fotos sejam manipuladas com efeitos pirosos de máquina ou programa de computador e é assim que gosto que seja! Fotografia pura!

Castelinhos em colinas que se elevam sobre longas planícies amarelas… Peñafiel, cidade geminada com a cidade em que vivo, Penafiel!

«Ontem, parei eu para abastecer algures perto de Sória, quando o senhor da bomba, numa de meter conversa, me perguntou onde eu ia,
“Eu, vou para Zaragoza!” respondi eu
“Tão longe?!” exclamou ele.
Perante o seu ar de espanto, quando eu ía para tão perto, corrigi
“Não é longe, eu vou para muito mais longe, vou para a Roménia!”
Então diz ele muito intrigado:
“Onde fica Roménia? Eu conheço bem a Espanha e não conheço essa terra?” …
“A Roménia não é uma terra espanhola!” corrigi espantada “É um país!”
Fez-se silêncio…
“Tu vais à Roménia, Roménia, mesmo?! Mas isso é no fim do mundo!!!!!”
O homem não cabia em si de espanto.
“Não, senhor, o fim do mundo é muito mais além!” eheheheh»

Eu tento parar em cidades diferentes a cada viagem, e desta vez a primeira noite seria em Saragoça, dado que já lá não ia há algum tempo. Aquela cidade é linda, simpática e acolhedora!

A Catedral-Basílica de Nuestra Señora del Pilar é um dos seus grandes orgulhos e entende-se bem porquê, é o maior templo barroco de Espanha!

E domina toda a Plaza de Nuestra Señora del Pilar, com a enorme catedral ali ao lado a praça tinha de ter o mesmo nome!

Estava um calor infernal, (achava eu, que não sabia ainda que haveria muito pior mais à frente!) qualquer sombra era deliciosa para se estar!

E os homens vendiam leques nas beiras das ruas pedonais junto à plaza!

Pus-me a fazer cálculos de ângulos e distâncias para entender de que ponto a minha máquina apanharia toda a catedral e não foi fácil!

Então ali na sombra, por trás do posto de turismo, deparei com uma frase que dizia tanto do que penso…

Ainda não foi desta que visitei a Catedral del Salvador de Zaragoza, uma das duas catedrais da cidade! Passeei um pouco por ali, mas a vontade era tirar as botas e pôr os pés na água! Mas como ninguém o estava a fazer não tive coragem… até porque dava muito trabalho descalçar-me!

Claro que fui ver a Puente de Piedra, gótica, e a mais antiga sobre o rio Ebro.

Dali a perspetiva sobre o rio e a Catedral del Pilar é sempre deslumbrante!

Naquela noite nem me apeteceu andar pela cidade, o primeiro dia de viagem é sempre de adaptação à moto e ao caminho e o calor não me inspirava para caminhar muito! Meti a moto no quintal da pousada de juventude e passei o serão entre o computador e umas cervejas frescas que me serenaram o coração acelerado pelo calor!

Fim do primeiro dia de viagem!

25 – Passeando pelo Norte de Espanha – Avila, Salamanca… casa…

21 de Julho de 2011

Passamos o passo de Guadarrama, um dos pontos mais altos da Serra de Guadarrama, onde fica o Alto del León.

Lembro-me que a primeira vez que ali passei, há muitos anos, havia neve e eu fiquei tão assustada que parei e não tinha coragem nem de seguir para a frente nem de voltar para trás! Uma parte de mim dizia “volta” outra dizia “segue”. Então vieram carros no sentido contrário e eu parada na berma em plena subida, olhei para os seus pneus! Não traziam correntes! Enchi-me de coragem e segui. A neve estava apenas acumulada nas bermas e nas zonas onde os carros não haviam passado, fui fazendo pontaria pelos carreiros limpos e fui relaxando, pois a motita não fugia! Lembro-me de ir a conduzir e a rir-me à gargalhada, com a excitação de passar pelo meio da neve sem escorregar, com uma paisagem de cortar a respiração em meu redor!

E chegamos a Avila, uma cidade encantadora que se pode avistar de Los Cuatro Postes, um pequeno santuário ligado a Santa Teresa de Avila.

E lá estava ela, com as suas imensas muralhas!

Eu sabia que não iria ver muito da cidade. Seria para dar uma volta, ver as coisas por alto e decidi naquele momento que, na viagem seguinte que começaria dali a dias, incluiria Avila no meu caminho!

Aquela muralha medieval tem 2,5 km de extensão e de 20 em 20 metros tem uma torre, o que faz 88 torres ao todo!

E fui vendo tudo pelo exterior!

Não foi desta vez, nem da seguinte, que fiquei o tempo necessário na cidade para explorar as muralhas, mas cada coisa a seu tempo!

Aquilo tem uns quilómetros de encanto para passear!

O Jaky nem descia da moto para tirar fotografias, apenas se retorcia e fotografava! Eheheheh

A Basílica de San Vicente era um dos locais a visitar na próxima passagem na cidade, sem dúvida!

Logo ali fica la Puerta de San Vicente, que leva à catedral, mais à frente, no interior da muralha.

A Catedral del Salvador de Ávila é extraordinária e é considerada a primeira catedral gótica do país! E eu não visitaria naquele dia…

Paga-se para visitar e não justificaria pagar para a visitar a correr, por isso ficou também na minha agenda para a próxima visita à cidade!

Ainda dei uma pequena voltinha pelas ruelas circundantes.

E mais à frente encontrei o porco, que tinha ar de ser o namorado da nossa Porca de Murça!

Os bordados de pedra dos topos da catedral podiam-se ver por cima das casas.

E fui embora, que o Jaky ficara boa parte do tempo agarrado à moto enquanto eu serandava por ali…

O que eu catei um mês mais tarde aparece na minha crónica da Escócia em:

https://gracindaramos.wordpress.com/2011/11/19/41-passeando-ate-a-escocia-de-avila-ate-avis/

E seguimos para Salamanca, porque era preciso comer qualquer coisa e comer numa cidade linda é sempre mais inspirador!

A Plaza Mayor de Salamanca foi considerada a maior da Europa em 2005.

Logo ali ao lado começam as ruelas com esplanadas e era para aí que a gente tinha de ir para comer.

Não faltariam oportunidades para visitar a cidade, pelo menos para mim que passo por lá com alguma regularidade!

Enchemos a barriga e seguimos para Portugal!

Era a primeira vez em muitos anos e muitas viagens que eu não sentia nostalgia ao encerrar uma viagem! Era também a primeira vez que eu chegava a casa para esperar um curto período de tempo e voltar a partir! Era ainda a primeira vez na minha vida que, a uma viagem “pequena”, em quilómetros e distância, se seguiria uma longa e distante!

Por isso voltar ao meu país com tanta coisa por ver, numa viagem que ficou demasiado cara para o percurso que foi, significou o início de algo maior e mais à minha medida!

10 dias depois, no dia 6 de Agosto de 2011, eu estava a partir para uma viagem de 28 dias até à Escócia!

FIM

24 – Passeando pelo Norte de Espanha – La Ciudad Encantada de Cuenca!

20 de Julho de 2011 – continuação da continuação

Logo a seguir entramos no Parque Natural de la Serrania de Cuenca. Não fui procurar a nascente do Tejo nem nada. Não faltarão oportunidades para eu o fazer com calma e sem medo de caminhar o que for preciso para lá chegar. Naquele dia apenas aproveitaria para ver o que levava em mente, sem tentar fazer tudo de uma vez!

Entramos na serrania de Cuenca e o embalse de la Toba surge à nossa esquerda como um lago de águas azuis dos Alpes!

E chegamos à Ciudad Encantada… um local que eu queria visitar há tempos!

Na realidade não se trata propriamente de uma cidade e sim de um lugar cuja origem se perde no tempo, onde as pedras foram esculpidas pelo vento, pela chuva e pelo gelo, há mais de 90 milhões de anos!

Entre pedras corroidas e de forma periclitante, como “el Torno Alto”

árvores que nascem em pedras, rachando-as para crescerem,

até imensas massas gigantescas, como “los Barcos”

As pedras gigantescas parecem, por vezes, ameaçar cair sobre nós e todas têm nomes, de acordo com as formas sugestivas que têm!

Há algo de cogumelo gigante em alguns pedregulhos!

São cerca de 3 quilómetros de deslumbramento e espanto!

Nesgas estreitas deixam-nos passar por entre gigantes pedregosos!

Buracos bizarros permitem passagem por sítios inimagináveis, basta vergarmos as costas!

Há momentos em que parece que nos passeamos por cenários de filmes de ficção científica!

Seguramente que lá irei voltar um dia, para explorar mais atentamente cada pedregulho e cada caminho!

A paisagem que percorremos a seguir tem o efeito de nos trazer suavemente ao mundo real, porque ainda é espantosa mas mais próxima do comum!

E a minha Magnifica completou os primeiros 1.000 km acima dos 200.000! Momento a registar!

Por paisagens lindas!

E foi o fim do décimo quinto dia…

23 – Passeando pelo Norte de Espanha – Albarracín

20 de Julho de 2011 – continuação

E estávamos definitivamente a caminho de casa, mas claro que até lá chegar havia ainda duas ou três coisas para ver… ok, a bem dizer haveria um mundo delas, mas não havia mais tempo.

Ao chegar a casa eu teria de estar disponível para o serviço de correção de exames nacionais e então depois novo passeio se desenharia!

Era curiosa aquela sensação de fim de viagem que não custa porque outra virá a seguir. Uma sensação que apenas tinha sentido em pequenos passeios, quando a cada um se sucede outro, mas sempre pequenos. Desta vez seria uma viagem grandinha seguida de outra maior! Que coisa mais fixe!

E então a seguir veio Albarracín!

Uma cidade encantadora na encosta de um monte, entre a Serra de Albarracín e os Montes Universales! Olha-se para ela como para uma cascata sanjoanina, com o castelinho no topo!

Não é preciso entrar muito nela para se entender porque foi considerada Património da Humanidade! Tudo por ali é encantador!

A rua passa-lhe por baixo e fiquei a olhar “por onde se entra ali?”

E o encanto começa logo a seguir!

Coitado do Jaky, que voltava a ter de se arrastar encosta acima, calçada abaixo para ver qualquer coisa do local!

Quem tem dificuldade em andar sofre numa viagem mais cultural, porque não basta conduzir moto e siga em frente! Se se quer ver, tem de se caminhar, para além de conduzir!

E Albarracín “dá trabalho” a visitar porque é ingreme, de ruelas estreitas, onde só se pode ver algo caminhando!

E no meio das ruelas intrincadas e estreitas chega-se à praça principal! Toda a cidade espanhola tem uma praça!

Praça onde desembocam uma infinidade de outras ruelas!

As casas que cercam a praça são encantadoras, algumas mesmo vertiginosamente encantadoras, pela forma como se acumulam ao alto, fazendo-nos sentir pequenos!

Coisas giras que se encontram por ali!

E há uma calma, feita de descontração e simpatia, em cada praça espanhola!

Então, depois de uma breve pausa, segui para o castelo! Ele era mais à frente um bocadinho, depois de mais ruelas estreitas ladeadas de casas giras!

Estávamos a chegar a um dos topos da cidadezinha e víamo-la lá em baixo, bem como a muralha do castelo na outra encosta!

Não pude visitar nenhuma igreja nem catedral porque estava tudo fechado!

A hora do almoço e da “siesta” é “sagrada” para aquele povo! Gente sábia!

E cheguei ao castelo!

Do séc. XII e de origem muçulmana, está em restauro, pois tinha chegado quase à ruina. Os degraus denunciam o grande desgaste dos tempos!

E lá de cima tem-se uma perspetiva muito bonita de toda a envolvência, embora o castelo esteja fechado e por isso não podendo entrar, não conseguimos visualizar a paisagem em todas as direções!

A descida fez-se pelo outro lado, porque havia ali uma infinidade de ruelas que eu queria ver!

E não é que há portas à medida das motinhas! Eheheh

Se eu morasse ali teria uma mobilete para ir desde a moto até casa, pois a Pan não circularia facilmente por algumas daquelas ruínhas!!

Eu não conseguia parar de fotografar os recantos, cada um como um postal ilustrado digno de um livrinho de enquadramentos históricos.

E lá tive de me ir embora… depois de um milhão e meio de fotos!

(continua)

22 – Passeando pelo Norte de Espanha – Teruel e os seus Amantes!

20 de Julho de 2011

Embora o que eu mais queria ver nesta viagem já tivesse visto, passear por Espanha é sempre deslumbrante e o encanto manteve-se, mesmo fazendo já o caminho de regresso e aproximando-me do fim.

As estradinhas secundárias, as ruelas por entrecampos que ora atravessam, ora nos levam por entre montes, tornam qualquer passeio pelo país variado e de condução deliciosa!

De repente no meio de nada aparece mais um pequeno pueblo que vou registando com a minha maquina fotográfica, que serve frequentemente de “bloco de notas” em andamento, quando não posso escrever o que quero mas posso fotografar para mais tarde recordar, o que era e onde era, para poder voltar, como Oliete ou as Cortes de Aragón!

Uma coisa a que estou habituada quanto baste é a não querer ver tudo de uma vez e registar o que ficará para uma outra viagem! Naquele momento eu queria estrada, caminho e o meu destino era mais além!

E paisagens e planícies era o que não faltava por aquele caminho para me deliciar!

A caminho de Teruel, Alfambra surge na berma da estrada como um postal ilustrado com elementos inesperados!

Uma ponte sem ponto de partida nem destino, a Puente de la Venta, que nunca funcionou porque atravessaria uma linha, do princípio do séc. XX, que nunca foi ativada! Tornou-se ela mesma uma obra de arte, não apenas pelo seu estilo modernista mas também porque sobre ela se instalou uma obra que a tornou um conjunto artístico intitulada “El Sueño”.

Um Pueblo que poderei vir a catar mais de perto quando volte a passar por ali!

E cheguei a Teruel!

Uma cidade cheia de edificações mudéjares, que a tornam encantadora e a fizeram património da humanidade!

A catedral é um exemplar quase único no estilo mudéjar. No posto de turismo uma maqueta do edifício dava uma ideia da sua dimensão, já que não o visitaríamos naquele momento.

Mesmo ao lado do posto de turismo fica a iglesia de San Pedro de Teruel, outra construção mudéjar do séc XIV. O estilo mudéjar é um estilo artístico/arquitetónico exclusivo da Península Ibérica, desenvolvido durante a idade média até ao renascimento, que mistura os estilos cristão e islâmico.

E é lá que está o Mausoléu dos Amantes de Teruel

Diz a lenda que, no inicio do séc. XIII, Isabel de Segura e Juan Marcilla se apaixonaram perdidamente mas, como o rapaz era pobre, o pai da rapariga nunca o deixaria casar-se com a filha. Então deu-lhe um prazo para fazer fortuna. O rapaz foi tratar de vida mas, quando voltou, no limite do prazo… Isabel estava já casada com outro! Ora o moço, muito infeliz, foi visita-la a sua casa e pediu-lhe um beijo. Ela que não queria ser infiel ao marido negou-lho e ele caiu morto de dor. No dia seguinte, enquanto a população velava o falecido, na iglesia de San Pedro de Teruel, uma mulher coberta de negro aproximou-se e deu um beijo de despedida no falecido e caiu morta a seu lado. Era Isabel que morria também ela de desgosto e os dois foram sepultados juntos.

Esta história percorreu os tempos e chegou aos nossos dias através de canções medievais e peças de teatro barrocas e a verdade é que, lenda ou não, havia registo de onde os amantes teriam sido sepultados, num dos altares da igreja e, ao explorar-se o local, no séc. XVI, foram encontrados 2 corpos juntos, de um casal jovem…

Nos túmulos esculpidos com as suas imagens, as suas mãos estão próximas, mas não se tocam porque o seu amor nunca foi consumado!

A capela onde estão os túmulos é anexa à igreja e já não é a primeira nem a segunda versão de túmulos que eles têm.

Faz um efeito estar na presença de dois túmulos simbolicamente carregados de significado…

Ao mesmo tempo faz pensar num pensamento de alguém que dizia que o amor de Romeu e Julieta foi avassalador, eterno e histórico… porque eles nunca se casaram! Senão teria terminado em inferno! Eheheheh

Estes dois, pelo menos, se se tivessem casado e tido filhos e tal, seriam hoje uns ilustres desconhecidos como toda a população da época!

Percebi, depois de tirar uma foto a cada um dos meninos, pelos buracos dos túmulos, que não era permitido fotografa-los!

Mas já estava, só não deu para focar melhor! E a verdade é que eles estão mesmo lá dentro!

Então fomos visitar a igreja. Ela foi redecorada em estilo modernista neomudéjar no séc. XIX e o efeito é lindo!

Aqueles tetos pareciam repletos de estrelas!

No claustro fica um dos “expositores” usados anteriormente para alojar os amantes. Não sei como, pois a estrutura é estreita e alta! Presumo que eles estivessem de pé!

O claustro é neogótico, pois o verdadeiramente gótico foi demolido, no final do séc. XIX! Não é só cá na nossa terra que se fazem bostas dessas!

E subimos lá acima ao topo da igreja e tudo! A cidade amontoava-se lá em baixo!

A famosa torre, que é a mais antiga de Teruel, do séc. XIII, estava de repente ali ao alcance da minha mão!

E lá de cima a igreja era linda de se ver!

É sempre giro quando me sinto perto do teto!

As ruelas em redor da igreja são muito estreitinhas, características das urbanizações medievais e anteriores.

Na Plazza de los Amantes estava a decorrer uma animação sobre os diversos casais de amantes, desde os próprios Isabel e Juan, até Romeu e Julieta, passando por Tristão e Isolda ou Cleópatra e Marco António.

Miúdos e graúdos estavam muito animados e atentos ao momento teatral!

E fomos andando para a moto, embora eu ainda fosse pondo o olho por aqui ou por ali!

E tratei de ir embora que o Jaky ficara já “agarrado” à moto pronto para partir!

(continua)